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O Ibovespa fechou em queda nesta terça-feira, pressionado pelo tombo das ações da Vale na esteira da queda dos futuros do minério de ferro na China, enquanto Azul disparou 10%, experimentando uma trégua na pressão vendedora dos últimos pregões por preocupações com seu endividamento.

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Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa recuou 0,41%, a 134.353,48 pontos, tendo marcado 134.171,3 pontos na mínima e 135.010,55 pontos na máxima do dia. O volume financeiro somou 22,48 bilhões de reais.

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A Vale ditou a performance do Ibovespa, fortemente influenciada pelo tombo neste começo de semana no minério de ferro em Dalian, na China, dada a perspectiva de falta de prosperidade econômica na segunda maior economia do mundo.

Os preços do petróleo no mercado externo, acrescentou, tampouco ajudaram, com o contrato Brent fechando em queda de quase 5% após sinais de um acordo para resolver uma disputa que interrompeu a produção e as exportações de petróleo da Líbia.

O pregão brasileiro também foi contaminado pelo viés negativo em Wall Street, com dados alimentando preocupações com o ritmo de desaceleração da economia norte-americana, enquanto agentes financeiros aguardam um corte no juro dos Estados Unidos neste mês. O S&P 500 fechou em baixa de 2,1%.

A sessão ainda refletiu a repercussão da expansão do PIB brasileiro acima do esperado no segundo trimestre. De acordo com o IBGE, a economia cresceu 1,4% no período de abril a junho na comparação com o primeiro trimestre, resultado mais forte desde o quarto trimestre de 2020 e acima do esperado (-0,9%).

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Na comparação com o segundo trimestre de 2023, o PIB teve avanço de 3,3%, contra expectativa de 2,7%.

Contudo, a insegurança jurídica e fiscal do Brasil está aos poucos afastando os investidores. As altas e baixas devem passar a ser ainda mais especulativas, afirmam analistas independentes. O Brasil segundo um dos maiores investidores do mundo está deixando de ser “investivel”.

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Em meio aos dados, as taxas dos contratos de DI de curto prazo ficaram perto da estabilidade ou em leve alta, em razão de preocupações com pressão inflacionária, o que alimenta apostas de que o Banco Central pode elevar a taxa Selic neste mês.

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Ações em alta e baixa no dia

  • VALE ON (VALE3) caiu 3,73%, acompanhando o movimento dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou as negociações do dia com perda de 4,74%.
  • PETROBRAS PN (PETR4) recuou 1,21%, na esteira dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent despencou 4,9%. No setor, PRIO ON (PRIO3) cedeu 5,16%, 3R (RRRP3) perdeu 5,28% e PETRORECONCAVO fechou em baixa de 2,1%. A ANP também divulgou que a produção de petróleo do Brasil recuou em julho.
  • AZUL PN (AZUL4) avançou 10,2%, experimentando uma trégua na pressão vendedora dos últimos pregões em razão de preocupações com o endividamento da companhia. Em três sessões até a véspera, o papel acumulou queda de 39%. Na segunda-feira, a S&P cortou a classificação de crédito de emissor em escala global da Azul para “CCC+” de “B-“, com perspectiva negativa.
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