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Piores expectativas para inflação são indicadas na ata do Copom. O Comitê de Política Monetária (Copom), vinculado ao Banco Central, divulgou nesta terça-feira, 7, a ata da reunião da semana passada na qual afirma que houve uma deterioração das expectativas de inflação de prazos mais longos e poderá manter os juros altos por um período “mais prolongado” do que o previsto anteriormente, ou até mesmo elevá-los. Na reunião, o Copom decidiu manter a taxa de juros em 13,75%.

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“O Comitê segue vigilante, avaliando se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período mais prolongado do que no cenário de referência será capaz de assegurar a convergência da inflação”, afirmou o Copom, na ata.

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No documento, o comitê acrescentou que permanecerá vigilante para buscar as metas de inflação fixadas — para 2023 é de 3,25% com tolerância de um ponto porcentual. “Em resumo, mais importante do que a análise das motivações para a elevação das expectativas, o Comitê enfatiza que irá atuar para garantir que a inflação convirja para as metas.

As metas norteiam a política de juros. Quando a inflação está alta, o BC eleva a Selic. Quando as estimativas para a inflação estão em linha com as metas, o Banco Central pode reduzir a taxa básica de juros.

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A meta de inflação é alvo de constantes críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que também discorda da taxa de juros. Na segunda-feira 6, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reclamou da nota do Copom, documento resumido que antecede a ata. E Lula voltou a criticar os juros. “É só ver a carta do Copom para a gente saber que é uma vergonha esse aumento de juros e a explicação que eles deram para a sociedade brasileira”, declarou, na segunda-feira 6.

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O presidente também tem criticado a autonomia do Banco Central, prevista em lei, que na prática impede o governo de interferir na política monetária. A meta de inflação e a taxa de juros, por exemplo, são definidas por uma equipe técnica do BC.

Desde que Lula ganhou as eleições, o BC tem alertado para a falta de clareza da política fiscal e para o aumento do gasto público, já que o petista, ainda durante a campanha, afirmou que acabaria com o teto de gastos. Antes de tomar posse, conseguiu aprovar uma emenda à Constituição para estourar o limite em R$ 145 bilhões.

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Nesta ata, o BC afirmou que o pacote fiscal anunciado por Haddad em janeiro, com foco principalmente na alta da arrecadação, “atenuaria os estímulos fiscais sobre a demanda, reduzindo o risco de alta sobre a inflação”.

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