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A montadora alemã Porsche reportou nesta sexta-feira um prejuízo operacional de US$1,12 bilhão no terceiro trimestre de 2025, revertendo o lucro de US$1,13 bilhão registrado no mesmo período do ano anterior. O resultado veio pior que o esperado por analistas da Visible Alpha, que projetavam perdas de US$710,6 milhões.

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Segundo a empresa, o desempenho negativo foi causado principalmente pelo adiamento da expansão de sua linha de veículos elétricos, anunciado em setembro, além de encargos extraordinários e provisões de reestruturação que somaram cerca de US$2,09 bilhões no trimestre. A projeção é que esses encargos alcancem até US$3,6 bilhões ao longo de 2025.

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Queda na demanda e pressão internacional

A Porsche também enfrenta queda nas vendas na China, seu principal mercado fora da Europa, e pressão sobre as margens devido às tarifas impostas pelos Estados Unidos. A combinação desses fatores tem afetado diretamente a lucratividade da marca, considerada uma das mais rentáveis do grupo Volkswagen.

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Mudança de comando e reestruturação

O presidente-executivo da Porsche, Oliver Blume, que também lidera a Volkswagen, deixará o cargo no início de 2026. Ele será substituído por Michael Leiters, ex-chefe da McLaren, que assume em meio à maior crise da montadora em anos.

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O CFO da Porsche, Jochen Breckner, afirmou que 2025 será o “piso” antes de uma recuperação esperada para 2026, mas alertou que “soluções em larga escala” são necessárias nas negociações com representantes trabalhistas.

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Perspectivas para o setor

A crise da Porsche reflete um cenário mais amplo no setor automotivo europeu, onde outras marcas de luxo como Ferrari e BMW também enfrentam desafios na transição energética. A desaceleração chinesa e o aumento de barreiras comerciais têm exigido revisões estratégicas profundas.

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