Preço da gasolina já supera R$6,00 em algumas localidades. O motorista que for abastecer o carro, vai sentir os preços mais salgados. Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), os postos de combustíveis já subiram os preços para o consumidor após o reajuste da Petrobras (PETR3; PETR4).
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Na semana passada, a empresa elevou os preços da gasolina e do diesel em suas distribuidoras. No caso, o litro da gasolina A subiu em R$ 0,41, passando para R$ 2,93 por litro. Já para o diesel A, o reajuste foi de R$ 0,78 por litro, a R$ 3,80 por litro. Trata-se de reajustes de 16,3% e 25,8%, respectivamente.
O diesel S10, tipo mais comercializado do país, subiu 8,27% depois do reajuste da Petrobras. Com isso, o litro passou de R$ 5,08 para R$ 5,50. O diesel comum está sendo comercializado a R$ 5,38 reais, ante os R$ 5 da semana anterior – alta de 7,6%.
Dados da ANP, para o consumidor, a gasolina subiu em média 2,2%, com o litro do combustível custando R$ 5,65. Trata-se de uma alta de R$ 0,12 em relação aos preços praticados na semana anterior, quando o litro custava em média R$ 5,53.
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O presidente da Petrobras pediu fiscalização das autoridades sobre o preço dos combustíveis a fim de proteger o consumidor. Ele ainda determinou que o preço da gasolina nos postos deveria ser R$ 5,73. Entretanto, Prates se esqueceu que o Brasil como país capitalista tem uma economia de livre mercado, não cabendo tabelamento de preços as empresas privadas.
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O fato é que o governo Lula tem tentado controlar a alta da inflação como em seus mandatos anteriores, através do controle de preços na Petrobras. E esta alta necessária para a saúde da empresa, irá atrapalhar os planos de Lula, pois irá afetar vários setores do país.
Após as afirmações de Prates a Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) disse que a cobrança de Prates gera uma conotação equivocada sobre o funcionamento do setor, que opera em um mercado livre.
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“O segmento de combustíveis passou por mudanças e não se pode cobrar preços uniformes do óleo diesel ou da gasolina em uma cidade, região ou em todo país”, disse a entidade, que representa cerca de 40 mil postos de combustíveis no país.
E ainda, a Fecombustíveis destacou que os custos das refinarias da Petrobras representam um terço do valor total pago pelo consumidor quando vai abastecer. Além disso, o preço dos combustíveis na bomba depende de uma série de fatores como margens da distribuição e revenda, impostos, além da mistura de biocombustíveis.
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Por fim, a federação concluiu, “a fala do presidente da Petrobras pode gerar uma conotação equivocada sobre o funcionamento do setor de combustíveis, além de incentivar ações de fiscalização nos postos, muitas vezes truculentas e desnecessárias, que chegam nos estabelecimentos acompanhados da polícia para checar os preços de bomba”, completou.