A cidade de Eldorado do Sul, na Região Metropolitana de Porto Alegre, terá que ser totalmente evacuada, segundo informação do prefeito Ernani de Freitas (PDT). O município tem 39,5 mil moradores.
“Infelizmente teremos de fazer a evacuação total da cidade. Eldorado do Sul está tomada pela água, não tem luz e precisaremos deixar aqui somente as pessoas que ficarão responsável pelo rescaldo da enchente, claro, depois que a água baixar”, explicou ele em entrevista à Rádio Guaíba, de Porto Alegre.
MAIS: Governo Lula consegue recorde de endividamento do Brasil, e coloca Dilma em 2º lugar
Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo pelo telegram Clique aqui. Se preferir siga-nos no Google News: Clique aqui. Acompanhe-nos pelo Canal do Whastapp. Clique aqui
A estimativa do prefeito é de que Eldorado do Sul precisará de um ou dois anos para se recuperar da situação, que se tornou a pior tragédia provocada por eventos climáticos no estado gaúcho.
“Estamos trabalhando pra socorrer as pessoas, levando pra lugar seguro que é na BR, e a partir de e então distribuindo para outros municípios: Porto Alegre, Guaíba, Marina Pimentel, Sertão Santana, entre outros”, completou o prefeito.
Engenheiro civil e doutor em recursos hídricos e saneamento ambiental do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Fernando Dornelles explica que Eldorado do Sul não tem proteção, é uma cidade plana que está numa zona de inundação, porque o próprio rio “moldou” aquela planície.
“O erro é de coordenada geográfica, a cidade não poderia estar ali. Ela está bem na curva do Jacuí e a cota (para inundação é) baixa. A cidade é dentro de uma planície de inundação. Está na mesma condição que o aeroporto de Porto Alegre, no bairro Humaitá”, explica o especialista.
Segundo o boletim da Defesa Civil estadual, divulgado às 9h desta terça-feira (7), as chuvas pelo Rio Grande do Sul provocaram 90 mortes. Há ainda 361 pessoas feridas e132 desaparecidos. O estado tem 155.741 desalojados e 48.147 pessoas em abrigos.