A CSN (CSNA3) apresentou prejuízo líquido de R$ 732 milhões no primeiro trimestre de 2025, 52,5% maior em relação ao prejuízo registrado no mesmo período de 2024.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciação) ajustado ficou em R$ 2,509 bilhões, alta de 12,3% em relação ao visto um ano antes. Já a receita líquida somou R$ 10,908 bilhões, alta de 12,3%.
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No primeiro trimestre, a companhia registrou vendas de aço que somaram 1,143 milhão de toneladas, alta de 5,2% ante o mesmo trimestre de 2024. As vendas de minério de ferro somaram 9,640 milhões de toneladas, avanço de 5,4% ante o visto um ano antes.
A dívida líquida ajustada da empresa atingiu R$ 35,830 bilhões no trimestre, com alta de 7,2% sobre o mesmo período de 2024.
Situação Atual da CSN Após o Prejuízo
A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) enfrenta um cenário financeiro desafiador em 2025, após registrar sucessivos prejuízos e aumento do endividamento.
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Resultados Recentes
- No primeiro trimestre de 2025, a CSN registrou prejuízo líquido de R$ 732 milhões, um aumento de 52,5% em relação ao prejuízo de R$ 480 milhões no mesmo período de 2024.
- Apesar do prejuízo, a receita líquida cresceu 12,3% (de R$ 9,713 bilhões para R$ 10,908 bilhões), e o Ebitda ajustado subiu 27,6% (R$ 2,509 bilhões frente a R$ 1,966 bilhão).
- O fluxo de caixa livre foi negativo em R$ 173 milhões, principalmente devido ao aumento dos investimentos (capex) e despesas financeiras.
- A dívida líquida atingiu R$ 35,8 bilhões, com alavancagem (dívida líquida/Ebitda) em torno de 3,3x, ainda considerada elevada pelo mercado, embora tenha caído levemente em relação ao final de 2024.
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Contexto Operacional
- O segmento de aço apresentou margens mais baixas (7,9% no 1T25), refletindo custos mais altos e vendas sazonalmente menores
- O setor de mineração teve resultados neutros, enquanto o cimento sofreu com volumes fracos e competição acirrada.
- As divisões de energia e logística apresentaram desempenho razoável.
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Estratégias e Perspectivas
- A CSN projeta reduzir gradualmente sua alavancagem ao longo de 2025, apostando em fortalecimento operacional e medidas para geração de caixa, como reciclagem de ativos e controle de custos.
- A empresa realizou venda de participação na CSN Mineração para a japonesa Itochu e não distribuiu dividendos em maio de 2024, priorizando o reforço do caixa.
- O capex previsto para mineração foi revisado para baixo, de R$ 15,3 bilhões (2023-2028) para R$ 13,2 bilhões (2025-2030), indicando ajuste nos planos de investimento.
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Desafios
- O setor siderúrgico global enfrenta sobreoferta de aço chinês, pressionando preços e margens.
- A CSN também lida com questões judiciais relacionadas à participação na Usiminas, que podem gerar multas significativas caso não cumpra determinações de venda de ações.
- O endividamento elevado e o cenário competitivo seguem como principais preocupações de investidores e analistas.
Relação com Trabalhadores
- Apesar do cenário adverso, a CSN aprovou um novo acordo coletivo com reajustes salariais, aumento no cartão alimentação e outros benefícios, demonstrando compromisso com os colaboradores
A CSN atravessa um período de prejuízos crescentes e endividamento elevado, mas busca reverter a situação com foco em eficiência operacional, desinvestimentos estratégicos e ajuste de investimentos. O ambiente externo desfavorável e desafios internos exigem cautela, mas a empresa mantém planos de recuperação para 2025, com expectativa de redução gradual da alavancagem e fortalecimento do caixa.