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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou, neste domingo (1°), que concedeu perdão oficial ao seu filho Hunter Biden, que enfrentava condenações por dois processos judiciais relacionados com evasão fiscal e posse ilegal de arma de fogo, nos quais Hunter se declarou culpado.

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O perdão livra Hunter Biden de uma possível sentença de prisão por condenações federais e vai contra as promessas anteriores do atual presidente de não usar os poderes extraordinários de seu cargo em benefício de seus familiares.

– Nenhuma pessoa sensata que analise os fatos dos casos contra Hunter pode chegar a qualquer conclusão que não seja a de que Hunter foi escolhido apenas porque é meu filho, e isso está errado – disse o presidente cessante num comunicado, no qual classificou as acusações como “erro judicial”.

O filho de Biden foi considerado culpado no início deste ano por mentir sobre o uso de drogas quando comprou uma arma – o que é considerado crime, e também se declarou culpado em outro julgamento de evasão fiscal.

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O perdão presidencial vem apesar de Biden ter dito repetidamente que não interviria nos problemas jurídicos do seu filho de 54 anos. Até a secretária de imprensa da Casa Branca garantiu, em setembro, que o presidente democrata não concederia perdão a Hunter.

– Eu disse que não iria interferir na tomada de decisões do Departamento de Justiça e mantive a minha palavra mesmo quando vi o meu filho ser processado seletiva e injustamente – acrescentou Biden no comunicado do início desta semana.

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Antes de deixar a Casa Branca nas mãos de seu sucessor, Donald Trump, em janeiro, Biden tem a oportunidade de conceder indultos, o que se tornou uma tradição para os presidentes americanos.

CONDENAÇÕES FEDERAIS
Hunter Biden foi condenado em junho no Tribunal Federal de Delaware por três crimes. Segundo os promotores, quando ele comprou uma arma em 2018, mentiu no formulário federal alegando que não estava usando drogas ilegalmente ou que era viciado em alguma substância.

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O filho do presidente Joe Biden deveria ser julgado em setembro no caso da Califórnia, no qual era acusado de não pagar pelo menos 1,4 milhão de dólares (R$ 8,5 milhões) em impostos. No entanto, ele concordou em se declarar culpado das acusações após o início da seleção do júri.

David Weiss, o procurador dos EUA nomeado por Trump em Delaware que negociou o acordo judicial, foi posteriormente nomeado advogado especial pelo procurador-geral Merrick Garland para ter mais autonomia sobre o processo do filho do presidente.

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Hunter Biden disse que estava se declarando culpado naquele caso para poupar sua família de mais dor e constrangimento depois que o julgamento da arma exibiu detalhes sobre suas lutas contra o vício em crack. As acusações fiscais podem levar até 17 anos de prisão, enquanto as referentes às armas são puníveis com até 25 anos de reclusão.

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