As mudanças realizadas pelo governo Lula nas alíquotas de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) não tiveram o aval do Banco Central, apurou O GLOBO. Segundo interlocutores, o presidente Gabriel Galípolo é contra as medidas, mas não foi consultado sobre as mudanças.
Nos bastidores, auxiliares dizem que ele foi pego de surpresa pelo anúncio realizado pelo Ministério da Fazenda nesta quinta-feira.
Na entrevista sobre o assunto, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou que o ministro Fernando Haddad havia conversado com Galípolo sobre o assunto na reunião que tiveram na última terça-feira.
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As alterações no IOF incidentes sobre atividades de câmbio interrompem o processo de adequação aos padrões da OCDE e podem encarecer compras e investimentos de brasileiros no exterior. Na prática, são um desincentivo à saída de recursos do país. A medida também anula o decreto assinado por Jair Bolsonaro que reduzia o IOF ano a ano até zerá-lo em 2028.
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O governo elevou as taxas cobradas de empresas e pessoas físicas em operações de crédito incidentes sobre operações de saída de recursos do país (câmbio), em 3,5%. Ainda passou a cobrar imposto de remessas de fundos para o exterior, na taxa de 3,5%, entre outras iniciativas. As mudanças no IOF devem elevar as receitas este ano em R$ 20,5 bilhões e, no ano que vem, em R$ 41 bilhões.