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O presidente do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais), Rodrigo Agostinho, disse que os problemas que o Brasil enfrenta com as queimadas está longe de acabar.

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O gestor do órgão ambiental demonstrou preocupação com os recursos disponíveis para enfrentamento dos focos de incêndio que tomam a região do Pantanal no mês de julho. “A nossa grande preocupação é a seguinte: a crise está só começando.

Os primeiros seis meses de 2024 são um recorde de incêndios na série histórica, o que levou o governo do Mato Grosso do Sul a decretar situação de emergência no estado nesta segunda (24). A estatística no período também representa um recorde no Cerrado, e na Amazônia é o maior registro em 20 anos.

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A gente não sabe quando se ela vai passar, não temos garantia de que em novembro vai começar a chover”, disse em entrevista publicada na quinta-feira 27, na Folha de S. Paulo.

O Governo Lula não iniciou um prevenção adequada para a questão e ainda envia recursos que segundo especialistas são insuficientes e inadequados.

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Segundo os dados do Programa de Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), já houve 3.262 focos de calor no Pantanal entre os dias 1º de janeiro e 24 de junho, o maior número desde 1988, quando começou a série histórica. Esse valor é quase 30% maior que o registrado em 2020 na Pandemia de COVID.

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Rodrigo Agostinho defendeu que o governo brasileiro precisa redesenhar as estratégias de enfrentamento à prevenção de queimadas, enchentes e outros eventos climáticos. “A gente domina técnicas de combate a incêndios, tem brigadistas, mas nunca teve uma frota de aeronaves, uma estrutura […] temos uma das coisas mais legais do mundo, que é a esquadrilha da fumaça, mas não tem uma esquadrilha contra o fogo“, afirmou à Folha de S. Paulo.

A greve no Ibama sob Lula

Os servidores dos órgãos de meio ambiente Ibama, ICMBio, Serviço Florestal Brasileiro e MMA (Ministério do Meio Ambiente) entraram em greve na última segunda-feira, 24.jun.

O grupo pede por reajuste salarial e reestruturação da carreira de especialista em Meio Ambiente e do Plano Especial de Cargos do MMA e do Ibama. O movimento conta com a adesão de 21 Estados e da capital federal, sendo eles: GO, RS, RJ, BA, ES, SC, PR, SP, TO, MG, MA, PI, PE, CE, AL e RO, RN, PA, AC, PB e o DF. A greve nacional afeta todos os setores ambientais, até os cargos administrativos.

De acordo com a organização do movimento grevista, as organizações funcionam apenas com “ações essenciais e emergenciais e em número mínimo de atividades realizadas”.

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