Durante sua visita aos Estados Unidos em novembro de 2025, o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, se reuniu com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e enviou uma mensagem pública de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmando estar “firmemente ao lado dos Bolsonaro” e condenando o que chamou de “caças às bruxas políticas” no Brasil.
O encontro ocorreu na embaixada da Hungria em Washington, às margens do evento CPAC Circle Retreat & Gala, realizado no resort Mar-a-Lago, de Donald Trump.
Orbán declarou:
“Estamos firmemente ao lado dos Bolsonaro nestes tempos difíceis — amigos e aliados que nunca desistem. Continuem lutando: caças às bruxas políticas não têm lugar na democracia. A verdade e a justiça devem prevalecer.”
O que está em jogo: não é narrativa — é constitucional
A mensagem de Orbán ecoa uma crítica que vai além da política: a violação de princípios constitucionais no processo contra Jair Bolsonaro. Entre os pontos incontestáveis:
- Bolsonaro não estava no Brasil em 8 de janeiro de 2023, data dos ataques às sedes dos Três Poderes.
- Não há provas públicas diretas de que ele tenha ordenado, financiado ou participado da invasão.
- A chamada “minuta do golpe” não foi assinada, não consta nos autos e não tem vínculo formal com Bolsonaro.
- Conversar ideias por aplicativo não é crime — o que a Constituição pune é a execução de atos ilegais, não o debate político.
- O processo judicial não apresentou provas materiais concretas, apenas interpretações de contexto, discursos e mensagens atribuídas.
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Portanto, a tese de perseguição política não é uma narrativa ideológica — é uma denúncia jurídica e constitucional que merece atenção internacional.
Orbán, Milei e a articulação da nova direita global
A presença de Orbán nos EUA, ao lado de Eduardo Bolsonaro e com a participação de Javier Milei, presidente da Argentina, reforça a articulação entre líderes conservadores que denunciam abusos institucionais e defendem a liberdade política.
Orbán, que enfrentou regimes autoritários na Hungria, afirmou que “quem viveu sob a União Soviética sabe reconhecer perseguições políticas disfarçadas de justiça”.
A mensagem de Viktor Orbán não é apenas um gesto diplomático — é um alerta internacional sobre os limites da Justiça e o risco de politização do Judiciário. Ao lado de Milei e Trump, Bolsonaro recebe apoio de líderes que veem na sua condenação uma violação do Estado de Direito e da transparência constitucional.





















