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Em outubro de 2025, o Peru mergulhou em uma nova onda de instabilidade política após a destituição da presidente Dina Boluarte, por corrupção. A decisão do Congresso desencadeou protestos massivos liderados pela Geração Z, que exige a renúncia do presidente interino José Jerí, o fechamento do Congresso e a criação de uma nova Constituição.

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Dina Boluarte assumiu a presidência do Peru em dezembro de 2022, após a destituição do então presidente Pedro Castillo. Castillo, aliado de Lula, tentou dissolver o Congresso, mas foi considerado inconstitucional e preso. Como vice-presidente, Boluarte foi a sucessora constitucional e assumiu o cargo em meio a acusações de corrupção.

Durante seu governo, enfrentou intensos protestos, especialmente de comunidades indígenas e movimentos sociais, que a acusavam de autoritarismo e negligência diante da violência policial. Sua gestão foi marcada por instabilidade, repressão e desgaste político, culminando em sua destituição pelo Congresso em outubro de 2025.

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Pedro Castillo, aliado de Lula, é identificado como um político de esquerda. Ele foi eleito presidente do Peru em 2021 pelo partido Peru Livre (Perú Libre), com uma plataforma voltada para justiça social, educação pública e redistribuição de renda.

  • Base popular: Professor rural e sindicalista, Castillo conquistou apoio entre trabalhadores, comunidades indígenas e setores empobrecidos do país.

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Acusações de corrupção

  • Prisão preventiva: Castillo está preso desde dezembro de 2022, após tentar dissolver o Congresso — um ato considerado inconstitucional e interpretado como tentativa de golpe.
  • Acusações formais: Ele enfrenta denúncias de envolvimento em uma organização criminosa, além de conluio e tráfico de influência durante seu governo.
  • Defesa pública: Em audiência judicial, Castillo afirmou: “Nego categoricamente ser autor e fazer parte de uma rede criminosa. O único crime que cometi foi servir ao meu país como presidente da República”.

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As manifestações começaram como resposta à insegurança urbana e à violência crescente, mas rapidamente se transformaram em um movimento de ruptura com o sistema político tradicional. Em Lima, confrontos com a polícia deixaram um morto e mais de 100 feridos, levando o governo a decretar estado de emergência.

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Quem é José Jerí?

José Jerí, ex-presidente do Congresso, assumiu a presidência interina após a queda de Boluarte. Embora não tenha filiação partidária explícita, seu perfil é técnico e institucional, com foco em segurança pública. Ele liderou operações contra o crime organizado e reforçou o discurso de “guerra contra a delinquência”, o que o distancia de pautas progressistas.

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O papel da Geração Z nos protestos

A Geração Z peruana, formada por jovens entre 18 e 30 anos, está à frente das manifestações. Organizados por redes sociais e inspirados por símbolos da cultura pop — como a bandeira do anime One Piece — eles exigem mudanças profundas no sistema político.

Principais reivindicações:

  • Renúncia de José Jerí
  • Fechamento do Congresso
  • Nova Constituição
  • Combate à corrupção e à violência urbana

Embora não sejam necessariamente de esquerda, suas pautas se alinham com demandas progressistas e refletem uma rejeição ao modelo político tradicional.

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Por que querem fechar o Congresso e mudar a Constituição?

A rejeição ao Congresso é histórica: pesquisas indicam que 89% da população não confia na instituição. Acusações de corrupção, decisões impopulares e a destituição relâmpago de Boluarte aumentaram a percepção de que o Congresso age por interesses próprios.

A proposta de uma nova Constituição surge como resposta à crise institucional crônica — o Peru teve sete presidentes em menos de dez anos — e à necessidade de reformar o sistema político para garantir mais transparência, representatividade e justiça social.

A crise política no Peru em 2025 é um reflexo da insatisfação popular com a corrupção, a violência e a instabilidade institucional. A Geração Z lidera um movimento que exige mudanças profundas, desafiando a estrutura tradicional do poder e propondo uma nova forma de fazer política.

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