Augusto Cury, psiquiatra e escritor de grande sucesso no Brasil, pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) reavalie o caso de Débora dos Santos. Em vídeo, ele questiona a pena de 14 anos de prisão indicada pelo ministro Alexandre de Moraes contra a cabeleireira que manchou com batom a estátua em frente ao prédio da Corte no 8 de janeiro.
“Débora está sendo julgada e pode pegar 14 anos de prisão”, disse o psiquiatra. “E, a cada dia que os seus filhos ficam longe da mãe, eles choram e se angustiam e, registram-se no córtex cerebral, janelas ou arquivos mentais traumáticos que podem encarcerar o território da emoção.”
SAIBA Governo Lula quer cortar R$ 77 bilhões de beneficiários do bolsa familia
Cury argumenta que manchar uma estátua com um batom não pode ser classificado como um atentado contra a democracia. O escritor ressalta ser “incompreensível que uma pessoa que tem porte ilegal de armas receba até cinco anos de prisão”, enquanto “uma pessoa que empunha um batom possa receber 14 anos de prisão”.
O médico também pediu que a Suprema Corte realize uma revisão da dosimetria contra os acusados pelos atos do 8 de janeiro por crimes sem a imposição de violência. Ele destaca que a “Justiça tem de ser cega, mas também tem de ter coração”.
AINDA: Desembargador e advogado de defesa é detido e proibido de entrar…
Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo pelo telegram Clique aqui. Se preferir siga-nos no Google News: Clique aqui. Acompanhe-nos pelo Canal do Whastapp. Clique aqui
LEIA: Réu confesso da Operação Lava-jato quer indenização do governo federal
A cabeleireira é acusada de associação criminosa armada, de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, de golpe de Estado, de dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União e de deterioração de patrimônio tombado.
Contudo, apesar das imputações, a OAB-RJ ressalta que o fato provado “se resume à reprovável pichação com batom em um valioso monumento público”.
AINDA: “Sem juiz isento não há justiça nem democracia”, afirma prefeito de…