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Raízen reporta prejuízo no trimestre e operacional prejudicado

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A Raízen (RAIZ4) fechou seu quarto trimestre de 2024 (4T24), que corresponde ao período de janeiro a março do ano-safra, com prejuízo líquido ajustado de R$ 178 milhões. Com isso, reverte o lucro líquido ajustado de R$ 2,5 bilhões que obteve no 4T23 (janeiro a março de 2023). O desempenho também ficou abaixo do consenso de mercado da Bloomberg, que apontava um lucro de R$ 839 milhões para o 4T24.

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De acordo com os resultados divulgados nesta segunda-feira (13), a receita líquida consolidada somou R$ 53,7 bilhões no 4T24, ante os R$ 54,9 bilhões do mesmo período do ano-safra passado. O ebitda ajustado alcançou R$ 3,7 bilhões, com queda de 4,4% sobre os R$ 5,9 bilhões gerados no 4T23.

Em 23 de abril, a Raízen divulgou sua prévia operacional. Os números deixaram os analistas cautelosos. Para a XP Investimentos, por exemplo, a prévia da Raízen adicionou mais riscos de queda do que de alta aos resultados da companhia. A corretora espera uma pressão negativa para ação.

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Segundo os analistas apesar da estratégia da companhia de carregar maiores estoques de etanol se mostrar assertiva, os volumes do 4T24 foram inferiores às estimativas. A Raízen fechou a safra 2023/24 (abril/março) com moagem recorde de 84,2 milhões de toneladas, alta de 15% na comparação com a temporada anterior.

A Raízen atribui a piora da última linha do balanço às maiores despesas financeiras e aos impostos, que têm apenas efeito contábil. O custo da dívida bruta caiu 9% na comparação com um ano antes, parando em R$ 1,1 bilhão. Considerando-se os rendimentos de aplicações financeiras, o custo da dívida líquida recuou ainda mais, 21,1%, para R$ 917,7 milhões.

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Um dos grandes problemas foi o saldo negativo de outros encargos e variações monetárias. Essa linha ficou negativa em R$ 400 milhões. No mesmo período do ano passado, veio positiva em R$ 84 milhões.

Segundo a Raízen, essa deterioração “reflete principalmente a desvalorização cambial na Argentina equivalente a R$ 75 milhões no 4T e R$ 883 milhões no ano, além de efeitos da variação cambial e resultados de derivativos não designados para hedge accounting sobre empréstimos e financiamentos, bem como outras despesas.”

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