Após o fechamento dos mercados na quarta (29), a Meta Platforms (B3: M1TA34 | Nasdaq: META) reportou os seus balanços do quarto trimestre de 2024. Os números vieram acima das expectativas dos analistas, demonstrando a capacidade que a companhia tem tido de conseguir entregar melhores produtos e serviços para seus clientes.
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Vendas e receita da Meta crescem no 4T24
Nos três meses encerrados em dezembro, as vendas da Meta foram de US$ 48,385 bilhões, um aumento de 20,6% em relação ao mesmo período de 2023. A empresa encerrou o trimestre com uma média de 3,35 bilhões de usuários diários ativos em seus aplicativos, crescimento de 5% na comparação anual (3,19 bilhões), e uma receita média por usuário de US$ 14,25 (+15,6%).
A receita proveniente dos aplicativos da companhia totalizou US$ 47,302 bilhões (+21,2% vs. 4T23), dos quais US$ 46,783 bilhões (+20,9%) são de publicidade, enquanto o segmento Reality Labs teve vendas de US$ 1,083 bilhão (+1,1%).
O crescimento na receita da Meta de ads (“advertisements“, anúncios em inglês) veio pelo maior número de impressões de anúncios (+6% vs. 4T23) e principalmente pelo preço médio 14% acima do reportado um ano atrás. Esse forte aumento nos preços cobrados se deu pela demanda crescente por anúncios, devido a melhor performance que os ads estão tendo nas suas plataformas.
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Por outro lado, os custos e despesas da empresa tiveram aumento de apenas 5%, somando US$ 25,020 bilhões ao final do período. O total gasto no período teve um impacto favorável de US$ 1,55 bilhão por conta da redução em algumas despesas jurídicas.
Isso fez com que os gastos gerais e administrativos representassem apenas 2% da receita (ante 6% um ano atrás), enquanto todas as outras linhas se mantiveram estáveis — custos da receita, 18% (-1 ponto percentual vs. 4T23); pesquisa e desenvolvimento, 25% (-1 p.p.); e vendas e marketing, 7% (-1 .p.p.).
Dessa forma, o lucro operacional da Meta totalizou US$ 23,365 bilhões, valor 42,6% acima do reportado no ano passado e o equivalente a uma margem de 48,3% (+7,5 p.p.).
Importante salientar que o resultado poderia ser ainda melhor, dado que a companhia segue apresentando fortes prejuízos no segmento Reality Labs. No 4T24, foram mais US$ 4,967 bilhões em perdas (+6,9% vs. 4T23), enquanto a parte da Família de Aplicativos teve lucro operacional de US$ 28,332 bilhões (+34,7%), o que representa uma margem operacional do segmento de quase 60%.
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Meta consolida lucro 60% maior em 2024
Na linha final de resultado, o lucro líquido da companhia foi de US$ 20,838 bilhões, ou US$ 8,02 por ação, crescimento de 50,5% em relação ao quarto trimestre de 2023.
Os resultados referentes ao ano de 2024 também mostraram o bom momento da Meta. A receita líquida no período foi de US$1 64,501 bilhões (+21,9% vs. 2023, +23% excluindo variação cambial), devido ao aumento de 11% nas impressões de anúncios e de 10% no preço médio cobrado dos anunciantes.
Já os custos e despesas somaram US$ 95,121 bilhões, alta de 7,9% em relação ao ano anterior, permitindo que a empresa melhorasse substancialmente o seu lucro operacional, que totalizou US$ 69,830 bilhões (+48,4% vs. 2023) e uma margem de 42,2% (+7,5 p.p.).
No ano, o lucro líquido da Meta somou US$ 62,360 bilhões, o equivalente a US$ 23,86 por ação, valor 60,5% maior do que em 2023.
Esses ótimos números tem permitido que a companhia continue a investir no negócio (para se aproveitar do avanço da Inteligência Artificial nos próximos anos) assim como retornar altas somas de capital aos seus acionistas.
Em relação ao capex, a Meta investiu US$ 39,255 bilhões em 2024, um aumento de quase 40% em comparação com pouco mais de US$ 28 bilhões gastos no ano anterior. Grande parte desse aumento se deu nos últimos trimestres: no 4T24, por exemplo, o total investido foi de US$ 14,836 bilhões, ante US$ 7,899 bilhões no mesmo trimestre de 2023 (+87,8%).
Já em relação aos proventos pagos, a companhia recomprou quase US$ 30 bilhões de suas ações no ano, além de ter pago mais de US$ 5 bilhões em dividendos no período.
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Segundo o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, o fato da Meta ter alguns dos aplicativos mais utilizados no mundo dá à empresa uma vantagem competitiva interessante na próxima fase da companhia.
Isso porque o executivo espera que, em 2025, mais de 1 bilhão de pessoas tenham acesso a um assistente de IA altamente inteligente e personalizada, e acredita que a solução da companhia (Meta AI) seja a principal escolha dos usuários. De acordo com Zuckerberg, o Meta AI já e o assistente mais utilizado do mercado.
Além disso, ele acredita que o desenvolvimento de modelos open source de IA, assim como o Llama (desenvolvido pela Meta) sejam mais avançados e utilizados pelo público.