A PRIO (PRIO3) registrou lucro líquido de US$ 64 milhões no terceiro trimestre de 2025 (3T25), queda de 59% na base de comparação anual, informou a petroleira nesta terça-feira (4).
O lucro líquido (ex-IFRS 16) do trimestre foi positivo em aproximadamente US$ 92 milhões, uma redução de 44% em relação ao 3T24. “O resultado do 3T25 foi impactado pelo imposto diferido, devido ao ajuste da base tributável em função da valorização do real frente ao dólar no trimestre, alterando o valor apresentado de imobilizado e intangível”, avaliou.
A petroleira registrou receita total de US$ 607 milhões e receita líquida de US$ 558 milhões, representando aumentos de 22% e 18%, respectivamente, em relação ao 3T24.
“O crescimento da receita ocorreu mesmo diante da queda de 13% no preço médio do Brent no período, reflexo do aumento de 26% na produção e de 36% nas vendas da companhia na comparação anual”, ressaltou.
Analisando a receita trimestral, o campo de Frade foi responsável por 37,6% da receita total, o campo de Albacora Leste representou 33,2% da receita total, o cluster de Polvo e TBMT foi responsável por 14,8% e o campo de Peregrino, por sua vez, contribuiu 14,4% para a receita total da PRIO.
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Os Custos dos Produtos Vendidos (“CPV”) totalizaram US$ 146 milhões no 3T25 (ex-IFRS 16), um aumento de 118% em relação ao mesmo período do ano anterior. “A variação reflete o maior volume de vendas no trimestre, impulsionado pelo aumento de estoques disponíveis, além da incorporação do campo de Peregrino, adquirido em dezembro de 2024”, aponta.
A petroleira reconheceu no trimestre um Resultado Operacional (ex-IFRS 16) de US$ 349 milhões, em linha ao registrado no 3T24.
As despesas gerais e administrativas, que incluem gastos com M&A (fusões e aquisições), pessoal, projetos, geologia e geofísica, totalizaram US$ 29 milhões, representando um aumento de 34% em relação ao mesmo período de 2024, devido ao aumento de despesa com pessoal.
A linha de outras receitas (despesas) operacionais registrou aumento de 78% em relação ao 3T24, reflexo do reconhecimento do OPEX (despesas operacionais) de setembro do campo de Peregrino como perda no período.
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Com isso, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ajustado no trimestre (ex-IFRS 16) de US$ 320 milhões, 2% inferior frente ao 3T24. A depreciação e amortização totalizaram US$ 202 milhões negativos, um aumento de 100% comparado ao mesmo trimestre do 2024. “O crescimento reflete principalmente a incorporação do campo de Peregrino e o maior volume de vendas de Albacora Leste no período”, informou.
No 3T25, o resultado financeiro (ex-IFRS 16) foi negativo em US$ 109 milhões, comparado a um resultado negativo de US$ 27 milhões no mesmo trimestre do ano anterior. O número, apontou a PRIO, é explicado principalmente pela maior posição de dívida e gastos com juros comparado ao mesmo período de 2024, além do impacto de gastos com hedge de óleo.

















