Durante um evento jurídico na Argentina, um réu dos atos de 8 de janeiro interrompeu o ministro Gilmar Mendes, do STF, gerando tensão e repercussão internacional. O episódio ocorreu durante um debate sobre democracia e justiça.
O que aconteceu no debate com Gilmar Mendes na Argentina
Durante o seminário “Democracia e Justiça Constitucional”, realizado em Buenos Aires pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e pesquisa (IDP) de Gilmar Mendes, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes foi surpreendido por uma intervenção inesperada: um brasileiro réu pelos atos de 8 de janeiro de 2023 interrompeu sua fala, expondo a perseguição política do STF e questionando a legalidade das prisões relacionadas à invasão dos Três Poderes, dos atos de 08 de janeiro de 2023 no Brasil.
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Symon Castro, levantou-se da plateia e começou a falar em voz alta, chamando atenção dos presentes e interrompendo o discurso do ministro. Ele afirmou que foi preso injustamente e que o STF age de forma autoritária. Castro disse estar fora do Brasil há três anos sem ver os filhos, e está refugiado devido a acusações contra ele, sem ter prova de que ele ao menos entrou nos prédios. “Se estão falando de democracia, esta é democracia eu poder vir aqui me expressar e falar, destacou.”
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“O senhor tem feito um bom papel”, disse. “Mas Alexandre de Moraes acusa outros que estão aqui no nosso meio de 14 a 17 anos de prisão sem nem ter provas de que entraram dentro dos prédios.”
Ele é mais um dos brasileiros simples que jamais poderiam estar sendo julgados pelo STF por não ter foro privilegiado.
O ministro Alexandre de Moraes é sancionado pela Lei Magnitsky por violação dos direitos humanos.
Castro, que se refugiou na Argentina, usava crachá oficial do evento e gravou sua intervenção com celular. Ele também afirmou que “existem pessoas de bem no meio do dia 8, sim, e que não cometeram crime.”
O julgamento virtual de Symon Castro no STF está agendado para 14 a 25 de novembro. Ele responde por abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado por violência e grave ameaça, uso de substância inflamável contra patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
Gilmar Mendes não comentou o episódio. Após a retirada de Castro, o evento foi retomado por André Esteves, proprietário do BRG Pactual. O ex-presidente da Colômbia também estava no evento.
Contexto internacional e repercussão
O evento contou com juristas e autoridades de diversos países latino-americanos. A interrupção chamou atenção para o debate sobre liberdade de expressão, judicialização da política e polarização no Brasil.
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O episódio foi registrado em vídeo e circulou nas redes sociais.
Implicações políticas e jurídicas
- A interrupção reacende o debate sobre anistia, abuso de autoridade e limites da atuação judicial.
- O caso também levanta discussões sobre o uso de eventos acadêmicos como palco para manifestações políticas, que os ministros tem feito constantemente.




















