Em dezembro de 2025, o mercado financeiro foi surpreendido por uma inversão curiosa: o risco de default da Oracle, gigante de tecnologia norte-americana, passou a ser maior do que o risco soberano do Brasil. Essa mudança reflete a crescente preocupação dos investidores com os altos investimentos em inteligência artificial (capex) realizados pela empresa.
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Principais Pontos
- Capex elevado em IA: A Oracle vem ampliando de forma expressiva seus gastos em infraestrutura e inovação em inteligência artificial.
- Percepção de risco: No mercado de crédito, essa estratégia tem gerado receio de endividamento excessivo e aumento da probabilidade de inadimplência.
- Contraste com ações: Enquanto as ações das big techs ensaiam recuperação em Nova York, no mercado de crédito a tendência é oposta, com maior demanda por proteção contra risco.
- Comparação com Brasil: O fato de uma multinacional consolidada apresentar risco superior ao de um país emergente como o Brasil chama atenção e reforça a volatilidade atual dos mercados globais.
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Implicações
- Para investidores: A busca por proteção via derivativos de crédito (CDS) tende a crescer, encarecendo o custo de financiamento da Oracle.
- Para o mercado: O episódio ilustra como o entusiasmo por IA pode gerar desequilíbrios financeiros, especialmente quando os investimentos não são acompanhados por resultados imediatos.
- Para o Brasil: Apesar de seus desafios fiscais e políticos, o país aparece momentaneamente em posição menos arriscada do que uma big tech, o que pode melhorar a percepção externa sobre seus ativos.
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O caso da Oracle mostra que, mesmo empresas globais e consolidadas, ao se lançarem em ciclos agressivos de investimento em tecnologias emergentes, podem ver sua credibilidade financeira abalada. O mercado, cada vez mais atento, exige equilíbrio entre inovação e sustentabilidade financeira.








