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Nos último mês, congressistas de oposição ao governo Lula intensificaram os esforços para alcançar o número mínimo de senadores para criar uma comissão especial responsável por analisar denúncias de impeachment de Alexandre de Moraes. Mesmo com o pedido completo Alcolumbre ainda não cumpriu o trâmite legal para que o Senado inicie o processo de investigação sobre as denúncias contra o ministro. A oposição permanece pedindo aos eleitores que não permitam que o assunto seja esquecido.

De acordo com levantamento em tempo real na página votossenadores.com.br, site criado por parlamentares insatisfeitos com atos do ministro, 41 dos 81 senadores declararam ser favoráveis à criação da comissão.

Do outro lado, 19 senadores disseram ser contrários ao impeachment de Moraes. Com isso, os olhares se voltam aos 22 indecisos, que representam o fiel da balança na busca pela maioria necessária para iniciar o processo.

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Veja a seguir quem são e como pensam os senadores indecisos quanto ao impeachment de Moraes.

  • Para cada parlamentar, a reportagem da Gazeta do Povo estimou o potencial de adesão com base em declarações públicas anteriores, classificando-os como possíveis, incertos ou improváveis apoiadores. Segundo o levantamento, há 7 senadores classificados como possíveis, 6 como incertos e 9 como improváveis de apoiar publicamente o impeachment do ministro. A classificação é subjetiva.

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Senadores indecisos sobre o impeachment de Moraes

  1. Ângelo Coronel (PSD–BA)

Senador pela Bahia desde 2019, mantém perfil pragmático e técnico, sem aproximação clara com Lula ou Bolsonaro e sem posicionamentos explícitos sobre Moraes ou o STF. Em seu estado, é próximo ao governador Jerônimo Rodrigues (PT).

No entanto, em maio deste ano articulou, na Assembleia Legislativa da Bahia, a concessão do título de cidadão baiano a Luis Roberto Barroso, presidente do STF. Na ocasião, o senador rasgou elogios ao ministro. “Ele, que vem fazendo um trabalho excepcional à frente do Supremo. Vai marcar história a sua passagem como presidente”, disse o senador.

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Potencial de adesão: Incerto

  1. Ciro Nogueira (PP–PI)

Aliado próximo de Jair Bolsonaro, Ciro Nogueira ocupou a chefia da Casa Civil durante o governo do ex-presidente. É presidente nacional do PP, partido que vem ameaçando deixar a base governista. Ciro é abertamente crítico ao governo Lula e aos excessos de alguns ministros do STF, mas tem manifestado publicamente que não deve assinar o pedido de impeachment de Moraes.

Em entrevista à CNN nesta terça-feira (5), disse que o Senado não tem número suficiente de senadores para o impeachment. “Sinceramente só entro em impeachment quando puder acontecer, como foi o caso da Dilma. O Congresso não tem 54 senadores para aprovar um impeachment”, declarou.

Potencial de adesão: Possível

  1. Confúcio Moura (MDB–RO)

Político veterano do MDB, partido que integra desde a década de 80, Confúcio Moura mantém alinhamento com o governo Lula, mas evita posicionar-se em pautas mais contundentes da esquerda. Autodeclarado de centro-esquerda, costuma erguer bandeiras como justiça social, educação, meio ambiente e sustentabilidade.

Potencial de adesão: Improvável

  1. Daniella Ribeiro (PSD–PB)

Senadora desde 2019, Daniella Ribeiro deixou o PSD em março para se juntar ao PP, de Ciro Nogueira. A mudança indica aproximação com a base liderada por Ciro e sugere alguma sintonia com setores conservadores do partido. No entanto, a parlamentar não demonstra posicionamento público claro em relação ao governo Lula, mantendo neutralidade.

Igualmente mantém perfil discreto, com pouca ou nenhuma manifestação explícita, sobre o STF ou o ministro Alexandre de Moraes – nem em apoio, nem em crítica.

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Potencial de adesão: Incerto

  1. Davi Alcolumbre (UNIÃO–AP)

Presidente do Senado, Davi Alcolumbre atua como um pivô centrista na casa, buscando equilíbrio entre governo e oposição. Apesar disso, costuma ser conhecido pela oposição de “travar” todos os pedidos de impeachment contra ministros do Supremo, a quantidade de pedidos de impeachment é imensa só de Moraes são 30 e Alcolumbre ignorada todos.

Alcolumbre, que é figura-chave em toda a estratégia do impeachment de Moraes articulada pela oposição, já disse publicamente que o processo não seria o caminho para tratar das decisões abusivas do STF, ignorando o apelo popular. O senador cultiva boa interlocução com Lula, em uma relação que o próprio Alcolumbre descreve como “prolífica e duradoura”.

Potencial de adesão: Improvável

Impeachment de Moraes
Davi Alcolumbre (centro) é peça-chave para impeachment de Moraes. O processo só avança se o presidente do Senado autorizar (Foto: Jonas Pereira/Agência Senado)

  1. Eudócia Caldas (PL–AL)

Eudócia Caldas e o senador Romário (PL-RJ) são os únicos parlamentares do Partido Liberal que ainda não assinaram o pedido de impeachment contra Alexandre de Moraes.

A senadora tem uma longa trajetória na política, já tendo integrado três partidos: PSB, Solidariedade e PP. No Senado, herdou a vaga de Rodrigo Cunha, que assumiu o posto de vice-prefeito de Maceió.

Apesar de integrar o PL, partido que encabeça a oposição ao governo Lula, Eudócia tem perfil discreto e cauteloso e nunca se manifestou de forma contundente contra o governo ou o STF.

Potencial de adesão: Incerto

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  1. Eduardo Braga (MDB–AM)

Com extensa trajetória política, que inclui dois mandatos como governador do Amazonas, Eduardo Braga ocupa uma cadeira no Senado desde 2019. Foi ministro de Minas e Energia durante o segundo mandato de Dilma Rousseff (PT), mas votou favoravelmente ao impeachment da petista em 2016.

Mantém relativa proximidade com o presidente Lula (PT), mas evita posicionamentos contundentes à esquerda. Em Brasília, tem adotado perfil moderado, sem vínculos ideológicos explícitos.

Em 2017, Braga foi relator da indicação de Moraes ao Supremo na CCJ, emitindo parecer favorável e elogiando sua carreira jurídica. De lá para cá, evita manifestações públicas defendendo ou criticando o impeachment de Moraes.

Potencial de adesão: Improvável

  1. Eliziane Gama (PSD–MA)

Senadora pelo Maranhão, Eliziane Gama é próxima de Flávio Dino, atual ministro do STF e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública no governo Lula.

Destacou-se na relatoria da CPMI do 8 de janeiro, que culminou no pedido de indiciamento de 61 pessoas, incluindo Bolsonaro. Durante a CPMI foi bastante enérgica contra apoiadores do ex-presidente. Costuma manter alinhamento com pautas do governo Lula.

Eliziane não se posicionou sobre o impeachment de Moraes. No entanto, em outra ocasião se manifestou contra o impeachment de outro ministro, Luís Roberto Barroso. Em entrevista, declarou que “não cabe em hipótese alguma” iniciar processo de impedimento de ministro do Supremo.

Potencial de adesão: Improvável

  1. Fernando Dueire (MDB–PE)

Desde que entrou no Senado, em dezembro de 2022 no lugar de Jarbas Vasconcelos, Dueire se mantém como uma figura discreta, de centro, com ênfase em temas regionais e de desenvolvimento. O senador não participa ativamente da oposição ou da base governista. Também não se manifestou publicamente sobre impeachment de Moraes.

Potencial de adesão: Incerto

  1. Flávio Arns (PSB-PR)

Com histórico de atuação na área da educação e dos direitos das pessoas com deficiência, Flávio Arns tem um perfil moderado e avesso a polêmicas. Evita declarações sobre temas politicamente sensíveis, como os abusos do STF.

Procurado pela Gazeta do Povo, o senador paranaense afirmou que é a favor de mudanças no STF, mas que não deve se posicionar sobre o impeachment de Moraes, pois não existe nenhum processo em tramitação no Senado.

“Até agora, foram apresentados pedidos de abertura de processo de impeachment, cuja decisão cabe, exclusivamente, ao presidente do Senado [Davi Alcolumbre], que, após a análise da Advocacia da Casa, decidirá se aceita ou não. Ou seja, ainda não há votação em andamento”, respondeu.

Potencial de adesão: Possível

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  1. Giordano (MDB–SP)

Senador suplente que assumiu o cargo após a morte de Major Olímpio. Em 2024, contrariou seu partido e declarou apoio a Guilherme Boulos (PSOL-SP) para a Prefeitura de São Paulo, rompendo com a orientação do MDB nacional, que apoiava Ricardo Nunes (MDB).

A escolha por Boulos, aliado do PT e da base de Lula, indica inclinação à esquerda em temas políticos centrais. Em 2024, foi alvo de questionamento do STF por uso atípico de verba pública: gastou R$ 3,9 mil em combustíveis em um único dia. A Corte o intimou a prestar esclarecimentos, mas ele negou irregularidades. Nunca fez críticas públicas ao Supremo ou a Alexandre de Moraes.

Potencial de adesão: Improvável

  1. Jader Barbalho (MDB–PA)

Político influente do Pará, Jader Barbalho não tem se manifestado abertamente sobre o ministro Alexandre de Moraes ou o STF.

Alvo de diversas denúncias de corrupção ao longo de sua carreira política, o senador foi preso por quatro dias em fevereiro de 2002 durante investigação do escândalo da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) – esquema que desviou cerca de R$ 4 bilhões em recursos públicos, entre 1997 e 1999. Após ser preso, Barbalho acionou o Supremo. Em 2013, ele foi condenado pela primeira instância a ressarcir R$ 2,2 milhões à União, mas foi inocentado, em 2019, pela Justiça Federal.

O partido de Barbalho, o MDB, apoia o governo Lula e tem atuado como parte da base governista desde 2023.

Potencial de adesão: Improvável

  1. Jussara Lima (PSD–PI)

Exercendo mandato como senadora pelo Piauí desde fevereiro de 2023., Jussara assumiu a vaga de Wellington Dias, que tornou-se ministro de Lula.

A senadora é filiada ao PSD, partido que tem coligação com o PT em nível nacional. No entanto, tem se mantido neutra em relação ao STF. Em audiência pública na Assembleia Legislativa do Piauí (ALEPI) em setembro de 2024, ela foi questionada a respeito do impeachment de Moraes e afirmou que ainda não havia conversado com seu partido. “Não sentei com o líder do partido para discutirmos esse assunto”, declarou na ocasião.

Até a tarde desta quarta-feira (6), ela e outros seis senadores do PSD seguem indecisos, três se apresentaram favoráveis e três contrários.

Potencial de adesão: Possível

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  1. Laércio Oliveira (PP–SE)

Eleito senador por Sergipe em 2022, Laércio Oliveira tem evitado se pronunciar a respeito de abusos do STF e do impeachment de Moraes.

Seu partido, o PP, integra a base do governo Lula. Mas grupos conservadores indicam que seu posicionamento recente se aproximaria da linha crítica ao STF e a Moraes, já que em abril de 2024 Bolsonaro esteve em Aracaju-SE, e o senador Laércio Oliveira acompanhou o ex-presidente em todo o trajeto.

O senador foi, inclusive, elogiado por Bolsonaro na ocasião e publicou o vídeo em suas redes sociais. “Estou aqui com o senador Laércio Oliveira, mantemos um certo relacionamento e agora se aprofundou esse relacionamento. Muito boa a presença dele aqui”, disse Bolsonaro.

Potencial de adesão: Possível

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  1. Mara Gabrilli (PSD–SP)

Tornou-se senadora por São Paulo em 2019 e integra, desde 2023, o PSD, partido que compõe a base aliada do governo Lula. No entanto, seu histórico político inclui posicionamentos e declarações contrários a figuras do PT. Mara Gabrilli, aliás, votou a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff quando era deputada federal, em 2016.

Já em 2022, a senadora foi condenada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a pagar uma multa de R$ 10 mil por associar o Partido dos Trabalhadores (PT) e o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva ao assassinato de Celso Daniel.

Potencial de adesão: Possível

  1. Marcelo Castro (MDB–PI)

Senador desde 2018, o piauiense Marcelo Castro já foi ministro da Saúde no governo Dilma Rousseff e votou contra o impeachment da petista em 2016.

Entretanto Marcelo Castro não demonstra alinhamento explícito com o governo Lula, nem proximidade com Jair Bolsonaro. Sua atuação no Senado tem sido marcada por questões institucionais do partido e por temas que envolvem o estado do Piauí.

Potencial de adesão: Incerto

  1. Renan Calheiros (MDB–AL)

No quarto mandato como senador pelo estado de Alagoas, Calheiros já fez diversas declarações favoráveis à atuação de Moraes. Em agosto de 2024, ele manifestou apoio ao magistrado em meio a críticas e pedidos de impeachment e chegou a declarar em sua conta no Twitter que o ministro teria agido com “legalidade e legitimidade”.

Ao todo, o senador acumula mais de 25 processos no STF. Entre os inquéritos estão as operações Lava Jato, Zelotes e Postalis, o instituto de previdência dos Correios. Todas envolvem denúncias de corrupção. Ele também chegou a ser réu, em 2016, no caso conhecido como “Renangate”, em que foi acusado de receber ajuda financeira de lobistas ligados a construtoras.

Potencial de adesão: Improvável

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  1. Romário (PL–RJ)

Senador pelo Rio de Janeiro, Romário é um dos dois únicos senadores do PL que ainda não se posicionou formalmente sobre o impeachment de Moraes. Com perfil discreto nas discussões sobre excessos do STF, tem sofrido forte pressão em suas redes sociais para que manifeste apoio ao impeachment.

No Instagram, seus últimos posts apresentaram um expressivo aumento no volume de comentários, com cobranças para sua adesão ao impeachment. No X, também há numerosas manifestações cobrando o parlamentar.

Potencial de adesão: Possível

  1. Soraya Thronicke (PODEMOS–MS)

Soraya fez, recentemente, acenos contra a postura do STF. Nesta quarta-feira (6), por exemplo, a senadora assinou um requerimento para que a Casa avalie a decisão de Alexandre de Moraes que impôs diversas medidas cautelares ao senador Marcos do Val (Podemos-ES). “O Senado não pode se omitir diante de uma decisão que interfere de forma tão grave nas prerrogativas parlamentares”, criticou.

A senadora já foi aliada de Bolsonaro, mas não compactua com todas as pautas ligadas à direita. Por outro lado, também não apresenta alinhamento formal com o governo Lula. Mas na CPMI dos atos do 08 de janeiro teve postura bastante ácida contra um dos acusados do Espírito Santo, em certa audiência chegou a apresentar vídeo do empresário Marcos e fazer comentários sarcásticos contra o mesmo, ele teve a prisão domiciliar revogada após proferir críticas a Alexandre de Moraes nas redes sociais.

Potencial de adesão: Possível

  1. Sérgio Petecão (PSD–AC)

Senador em terceiro mandato, Petecão adotou postura de aproximação com o governo Lula logo após as eleições de 2022. Em 2023, assumiu a presidência da Comissão de Segurança Pública do Senado e manteve tom institucional.

Em 2017, foi investigado pelo STF por compra de votos, mas foi absolvido e nunca criticou publicamente a Corte. Em 2024, com a intensificação da campanha do PL para pressionar senadores do PSD a apoiarem o impeachment de Moraes, passou a ser cobrado sobre o tema, mas até o momento segue em silêncio.

Potencial de adesão: Improvável

  1. Veneziano Vital do Rêgo (MDB–PB)

Vice-presidente do Senado, Veneziano tem se posicionado de forma enfática contra as críticas dirigidas ao STF e a Alexandre de Moraes. Em discurso no plenário, classificou como “falácia” a narrativa de que o Brasil estaria vivendo sob uma ditadura do Judiciário.

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Ao rebater parlamentares que denunciavam abusos judiciais, Veneziano afirmou que há banalização do conceito de censura e elogiou diretamente a atuação do STF. O tom do pronunciamento foi crítico à direita e alinhado à retórica institucional do governo e da Corte, sem espaço para ponderações.

Potencial de adesão: Improvável

  1. Zenaide Maia (PSD–RN)

Presidente do PSD no Rio Grande do Norte, Zenaide tem votado atualmente com a base governista e tem histórico de atuação ligada à esquerda em pautas como saúde pública, igualdade salarial e políticas sociais. Em 2016, foi contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

Evita confrontos públicos com o STF. Embora sua atuação nacional esteja mais associada a pautas progressistas, seu histórico revela certa flexibilidade política conforme o contexto, o que pode tornar incerto seu posicionamento.

Potencial de adesão: Incerto

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Impeachment de Moraes: O que acontece após alcançar as 41 assinaturas?
Para que um pedido de impeachment contra um ministro do STF avance no Senado, é necessário que o presidente da Casa, Davi Alcolumbre – que também figura entre os senadores indecisos – aceite e paute o processo.

O apoio mínimo de 41 senadores é necessário para que o pedido tenha admissibilidade política, embora essa etapa não tenha caráter vinculante. Ou seja, a decisão final de pautar ou não ainda depende de Alcolumbre.

Se a denúncia for aceita, o rito envolve a criação de uma comissão especial para analisar o pedido e elaborar um parecer. Esse parecer precisa ser aprovado por maioria simples na comissão e, depois, novamente por maioria simples no plenário do Senado.

Caso essas etapas sejam superadas, o processo avança para a fase de julgamento propriamente dita. Para que o ministro seja de fato afastado do cargo, são exigidos ao menos 54 votos favoráveis (dois terços dos 81 senadores).

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