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O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse nesta quarte- feira 26, não ter visto novidades nas declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o equilíbrio nas contas públicas.

Mais cedo, o petista declarou não saber se precisa cortar gastos ou aumentar a arrecadação. “Não vi algo que não seja o que já era público nas falas do presidente, num olhar do que simplesmente de simplesmente de fato de que estamos no estágio de apresentar ao presidente da República um diagnóstico sobre a situação das despesas públicas. Então, acho que não há nenhuma novidade”, declarou Ceron, escolhido por Lula, a jornalistas no Ministério da Fazenda.

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Lula declarou em entrevista ao portal UOL: “O problema não é que tem que cortar. O problema é saber se precisa mesmo cortar ou se temos que aumentar a arrecadação. Temos que fazer essa discussão.” O secretário afirmou que as falas de Lula dizem respeito ao processo de apresentação de alternativas para a revisão e corte de gastos públicos. Ele citou o encontro dos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) com o chefe do Executivo para apresentar o “cardápio” de opções.

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“O que o presidente mencionou hoje é aquilo que de fato está acontecendo […] Foram feitas rodadas de apresentação para o presidente da República pelo ministro Fernando Haddad e a ministra Tebet e toda a Junta de Execução Orçamentária”, disse. A revisão de gastos públicos tomou os holofotes depois das declarações públicas de Haddad e de Tebet sobre a necessidade de acelerar esse processo. As manifestações vêm em um momento de desconfiança do mercado sobre a política fiscal do governo.

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As medidas para diminuir as despesas ainda estão em processo de balão de ensaio. Quase nada está realmente definido. Apesar das declarações, nada efetivo foi anunciado. Parece ter ficado só no campo da retórica. O corte de gastos é visto como mais assertivo pelo mercado financeiro do que uma tentativa de aumentar a arrecadação, que são baseadas em estimativas.

Ceron sinalizou que a maioria da diminuição dos gastos deve se dar por meio de modificações de alguns benefícios e programas, não necessariamente com o fim de alguma dessas modalidades. Deu destaque à Previdência Social. “Há uma preocupação com a dinâmica do crescimento da despesa. A dinâmica do crescimento de uma despesa é diferente da dinâmica de um corte de gasto. Uma coisa é fechar algo, descontinuar um programa, outra é permitir que haja um crescimento, mas um crescimento compatível com o marco fiscal”, afirmou.

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