Se em 2024 o preço da carne não tem dado trégua para o bolso dos brasileiros, o próximo ano promete repetir a fórmula. De acordo com o economista Alexandre Maluf, da XP Investimentos, a estimativa é de que as carnes fechem este ano com um aumento de 12,5% e que terminem o próximo ano com um reajuste ainda maior, de 16,1%.
Para o economista-chefe da G5 Partners, Luis Otávio Leal, a seca recorde piorou esse cenário do preço da carne, mas ainda há outros agravantes, como a queda do preço do boi gordo durante os últimos dois anos, o que fez com que os pecuaristas se desfizessem de muitas matrizes, e, com isso, passassem a ter rebanhos menores.
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Outro fator importante para a variação de preço seria o impacto do câmbio, com a desvalorização do real, que tornou a carne brasileira ainda mais atraente para os importadores. A soma desses itens teria então elevado o preço do boi gordo neste ano, tendência que deve se repetir no ano que vem.
A inflação de alimentos como um todo, por sinal, não deve dar um alívio para as famílias tão cedo. A alimentação em domicílio, por exemplo, deve fechar outubro com 1,13%, em novembro a expectativa é de alta de 1,08%, e em dezembro de 1,06%. A projeção da MBA Agro para a inflação da alimentação no domicílio para este ano é de 7,6%.
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