O economista João Gabriel Araújo, professor de Economia do Ibmec Brasília, fez um alerta sobre as medidas tomadas pelo governo Lula diante do tarifaço de Donald Trump. Ele acredita que a decisão, se prolongada, pode fazer com que empresas fiquem endividadas.
Luiz Inácio Lula da Silva divulgou recentemente medidas para enfrentar o aumento de tarifas imposto pelos EUA, com objetivo de minimizar os efeitos sobre empresas nacionais. Duas frentes foram anunciadas: a primeira tem como previsão uma linha de crédito de R$ 30 bilhões, com dinheiro de impostos, destacando ainda a prorrogação para o pagamento de tributos federais, facilitando assim o acesso ao crédito.
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Economista faz alerta sobre plano do governo Lula
João Gabriel Araújo explicou que as medidas têm como objetivo preservar um certo equilíbrio econômico no país enquanto as negociações internacionais entre os dois países continuaram. Mas vale lembrar que Lula se recusa a ligar para negociar com Trump, e já se passaram quase dois meses, sem um movimento efetivo do chefe do executivo brasileiro. O oposto dos demais países do mundo que já fizeram suas negociações. Lula ataca o dólar e Trump publicamente, e tem tentado buscar ganho político da situação se isentando pela falta de negociação e culpando os americanos, ou até mesmo Bolsonaro que está em prisão domiciliar sem condenação e sem prova de crime.
No entanto, pontuou que à longo prazo as empresas podem se endividar, ainda mais, tornando o problema ainda mais sério. “Trata-se de uma ação emergencial para resolver o problema de forma pontual. Caso seja prolongada, há riscos de endividamento das empresas, especialmente em relação ao crédito, o que pode gerar dificuldades futuras para o emprego e a sustentabilidade econômica das empresas envolvidas”, explicou o professor ao portal Leo Dias.

João Gabriel explica ainda que o plano deve ser implementado por um tempo determinado e pontual, enquanto o Brasil tenta negociar com os EUA. “Planos de contingência devem ser implementados de maneira pontual e não mantidos por períodos excessivos, tendo como objetivo principal o avanço das negociações diplomáticas e a diversificação dos destinos das exportações nacionais, evitando assim a dependência de um ou dois países”, afirmou.