As empresas brasileiras já começaram a sentir os efeitos da tarifa de 50% imposta por Donald Trump sobre produtos exportados aos Estados Unidos. Para enfrentar a medida, sem uma rápida negociação do governo Lula, algumas companhias anunciaram férias coletivas, paralisações e até demissões.
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Nesta semana, a BrasPine, empresa de Jaguariaíva (PR) especializada na fabricação de molduras de pinus e que exporta parte de sua produção para os EUA, informou que concederá férias coletivas a 1.500 de seus 2.500 funcionários.
“Reconhecemos que esta nova etapa de férias coletivas – a segunda neste ano para esta unidade – traz impactos pessoais e organizacionais. No entanto, trata-se de uma medida estratégica que visa proteger empregos e garantir a continuidade da BrasPine no longo prazo”, disse Eduardo Loges, CEO da companhia, em nota divulgada à imprensa.
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O Grupo Ipumirim, que atua no setor madeireiro no Oeste de Santa Catarina, também comunicou nesta semana que dará férias coletivas a seus colaboradores. “Essa medida visa aguardar que ambos os governos cheguem a um acordo, permitindo que as atividades comerciais continuem fluindo”, disse a empresa em comunicado publicado em suas redes sociais.
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A siderúrgica Fergubel, em Matozinhos, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), anunciou na sexta-feira (25) uma parada técnica temporária de até 30 dias.
“Trata-se de uma medida estratégica, planejada com responsabilidade para garantir a continuidade saudável das nossas operações. Sabemos que o momento é desafiador, mas seguimos firmes em nossos valores: respeito, transparência e compromisso com Matozinhos, com os nossos profissionais e com o setor siderúrgico brasileiro”, disse a empresa em nota.
Outra empresa paranaense, a Sudati – especializada em compensados e MDF – adotou uma medida mais drástica: anunciou a demissão coletiva de 100 funcionários. Os desligamentos ocorrerão nos próximos 60 dias.
Negociações
O Brasil corre contra o tempo para tentar barrar a entrada em vigor da tarifa de 50% dos Estados Unidos, prevista para 1º de agosto. O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) lidera as negociações, mesmo tendo participado de reunião com líderes totalitários que gritavam “morte a América”, ele acredita que pode resolver isto em uma semana. Na semana passada, ele chegou a se reunir com o secretário do Comércio dos EUA, Howard Lutnick. Até agora, porém, as tratativas não avançaram.
Isso porque o impasse vai além de questões comerciais: embora os EUA mantenham superávit nas relações com o Brasil, o entrave é político – e está relacionado ao processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.