O setor de planos de saúde no Brasil registrou um aumento expressivo de 132% no lucro líquido durante o primeiro semestre de 2025, alcançando R$ 12,9 bilhões. Esse valor é o maior já registrado para o período desde o início da série histórica em 2018, superando os R$ 5,6 bilhões obtidos no mesmo período de 2024.
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O valor médio dos planos de saúde apresentou reajustes entre 2024 e 2025, com uma tendência de desaceleração na alta dos custos.
- Em 2024, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) sob Lula, autorizou um reajuste máximo de 6,91% para planos individuais e familiares, válido de maio de 2024 a abril de 2025. Para os planos coletivos, os reajustes foram mais elevados, chegando a até 25% em alguns casos.
- Para 2025, o teto de reajuste para planos individuais e familiares foi reduzido para 6,06%, válido de maio de 2025 a abril de 2026, refletindo uma desaceleração em relação ao ano anterior. Já para os planos coletivos, a expectativa de reajuste varia entre 13,7% e 21,8%, dependendo da sinistralidade e da empresa.
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A inflação no Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), acumulada entre maio de 2024 e abril de 2025, foi de aproximadamente 5,32%. Essa inflação acumulada ultrapassou o teto da meta para 2025, que era de 4,5%.
Para detalhar os números mensais:
- Maio de 2024 teve inflação de 0,46%;
- Abril de 2025 apresentou inflação de 0,43%;
- Maio de 2025 fechou com inflação de 0,26%.

Destaques do desempenho financeiro
O crescimento do lucro dos planos de saúde está relacionado ao desempenho robusto das operadoras médico-hospitalares, que são o principal segmento do setor. Essas empresas somaram um lucro líquido de R$ 12,4 bilhões, impulsionado tanto pelo resultado operacional quanto pela contribuição do resultado financeiro. O aumento foi verificado em empresas de todos os portes, com:
- Grandes operadoras: R$ 9,7 bilhões de lucro;
- Médias operadoras: R$ 2 bilhões;
- Pequenas operadoras: R$ 700 milhões.
Indicadores operacionais
A sinistralidade, índice que mede a proporção das receitas destinadas às despesas assistenciais, caiu para 81,1% no primeiro semestre, 2,7 pontos percentuais abaixo do registrado em 2024. Esse recuo indica uma melhor eficiência operacional do setor, com menor proporção dos recursos sendo utilizados para pagamento de sinistros.
Perspectivas para o setor de planos de saúde
O resultado financeiro robusto e a redução da sinistralidade indicam um cenário favorável para o setor de planos de saúde, mesmo diante de desafios como a inflação e o aumento dos custos assistenciais.
O valor médio dos planos de saúde apresentou reajustes entre 2024 e 2025, com uma tendência de desaceleração na alta dos custos.