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O transporte ferroviário de café do Sul de Minas Gerais para os portos de Santos e do Rio de Janeiro foi retomado em 2025, marcando uma nova fase para a logística do agronegócio brasileiro. A operação é conduzida pela concessionária MRS Logística, em parceria com o terminal do TCI, e tem como objetivo principal levar a produção da região de Varginha diretamente aos dois maiores portos da região Sudeste.

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Contexto histórico e importância
Minas Gerais é o maior produtor de café do mundo, e o transporte ferroviário foi fundamental para o desenvolvimento econômico do estado e do Brasil desde o século XIX. Naquela época, ferrovias como a São Paulo Railway (SPR) e a Companhia Mogiana de Estradas de Ferro foram criadas para escoar a produção cafeeira até o porto de Santos, acelerando a industrialização do país. Com o tempo, o modal ferroviário perdeu espaço para o transporte rodoviário, resultando em abandono de linhas e aumento dos custos logísticos.

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Vantagens do novo corredor ferroviário
A retomada do transporte ferroviário traz benefícios significativos:

  • Redução de custos: A MRS estima que o transporte ferroviário pode ser até 30% mais barato do que o modal rodoviário, tornando a exportação mais competitiva para os produtores de café.
  • Capacidade ampliada: Os trens conseguem transportar volumes muito superiores aos caminhões, facilitando o escoamento de grandes safras e reduzindo gargalos logísticos nos portos.
  • Sustentabilidade: A operação ferroviária pode diminuir em até 47,9% as emissões de gases poluentes em comparação ao transporte rodoviário, contribuindo para metas ambientais e para uma logística mais limpa.
  • Segurança e eficiência: O uso da ferrovia reduz o risco de acidentes, congestionamentos e atrasos comuns nas rodovias, além de desafogar o trânsito nos principais corredores logísticos do país.

Detalhes da operação e investimentos
O projeto envolve a reativação e modernização de trechos ferroviários, especialmente entre Varginha, Três Corações e Lavras, conectando-os aos terminais portuários por linhas conhecidas como shortlines, que facilitam o acesso de cargas específicas à malha principal. Estão previstos investimentos bilionários para a recuperação de trechos inativos, aquisição de material rodante e melhorias em infraestrutura, com aportes públicos e privados que podem ultrapassar R$ 1 bilhão.

Além do transporte de café, a modernização da ferrovia abre espaço para novas operações de cargas e até mesmo para o retorno do transporte de passageiros na região, ampliando o impacto socioeconômico do projeto.

Perspectivas para o futuro
A expectativa é que a ferrovia se consolide como o principal corredor logístico para o café do Sul de Minas, tornando o Porto de Angra dos Reis uma alternativa estratégica ao Porto de Santos, tradicionalmente sobrecarregado. O modelo de operação adotado, com chamamento público e autorizações para novos operadores, deve estimular a concorrência e a eficiência no setor ferroviário brasileiro.

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Essa retomada simboliza não apenas um resgate histórico do papel das ferrovias no desenvolvimento do país, mas também um avanço em direção a uma logística mais moderna, sustentável e competitiva para o agronegócio nacional.

Como a operação funcionará na prática:

  • Integração logística: O café produzido na região de Varginha e cidades próximas será coletado e levado até o terminal do TCI, onde será preparado para o transporte ferroviário. O terminal atua como ponto de consolidação das cargas, facilitando o embarque em composições ferroviárias de grande capacidade.
  • Transporte ferroviário: A MRS, que administra uma malha de 1.643 km nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, será responsável por transportar o café em trens de carga até os portos. O uso do modal ferroviário permite o envio de volumes muito maiores por viagem do que o transporte rodoviário, garantindo escala e eficiência.
  • Conexão direta com os portos: Após o trajeto ferroviário, as cargas serão desembarcadas diretamente nos terminais portuários de Santos e do Rio, prontos para exportação. A integração entre o terminal do TCI e a malha da MRS garante fluidez e agilidade no escoamento, reduzindo gargalos logísticos e o risco de atrasos.

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Os principais investidores interessados no projeto da ferrovia Minas-Rio incluem tanto empresas brasileiras consolidadas no setor ferroviário quanto grandes investidores internacionais, conforme reuniões promovidas pelo Ministério dos Transportes em 2025.

Investidores brasileiros:

  • MRS Logística: Operadora ferroviária que atua na região Sudeste, diretamente envolvida na operação do corredor Minas-Rio.
  • Rumo Logística: Maior operadora ferroviária do país, com forte atuação em malhas estratégicas.
  • VLI: Companhia de logística integrada que investe fortemente em ferrovias, inclusive com aportes bilionários em Minas Gerais.
  • Grupo CCR: Empresa com experiência em concessões de infraestrutura.
  • Vale: Além de operadora de ferrovias, é uma das maiores mineradoras do mundo e recentemente adquiriu 15% do complexo Minas-Rio, em parceria com a Anglo American.

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Investidores internacionais e fundos:

  • Anglo American: Controla e opera o complexo Minas-Rio, mantendo parceria com a Vale para expansão e operação integrada.
  • CRCC (China Railway Construction Corporation): Gigante chinesa da construção e operação ferroviária, interessada em projetos no Brasil.
  • Mubadala Capital (Emirados Árabes Unidos): Fundo de investimento focado em infraestrutura, participando de discussões sobre concessões ferroviárias.
  • Empresas espanholas: Como Acciona e Sacyr, também demonstram interesse em projetos de infraestrutura no Brasi.

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Bancos e fundos de investimento:

  • BTG Pactual, XP Asset, Opportunity, Pátria Investimentos e Prisma Capital, que atuam como investidores financeiros e estruturadores de projetos de concessão.

Parceria estratégica e funcionamento da ferrovia:

  • A Vale e a Anglo American fecharam acordo para que a Vale adquira 15% do complexo Minas-Rio, com a Anglo American mantendo o controle operacional, o que reforça o compromisso de grandes players do setor com o projeto.

A ferrovia Minas-Rio ainda não está em operação plena para o transporte de cargas, como o café do Sul de Minas para os portos de Santos e do Rio de Janeiro. Segundo informações oficiais do Ministério dos Transportes, o edital de chamamento público para concessão e operação do trecho Minas-Rio deve ser lançado até o final de 2025.

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No momento, alguns trechos da malha ferroviária, como o segmento de 496 km entre Arcos (MG) e Barra Mansa (RJ), estão operacionais e realizam transporte de cargas, mas a ferrovia como um todo, especialmente o trecho entre Varginha e Angra dos Reis, ainda está em processo de reativação e modernização.

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Projeto da ferrovia Minas-Rio tem origem na gestão Bolsonaro

O Ministério dos Transportes tem promovido o processo de chamamento público para concessão e operação dos trechos ferroviários federais envolvidos, conforme previsto no Marco Legal de Ferrovias de 2021 e regulamentado por decretos e resoluções recentes da ANTT.

O edital para o trecho chamado Minas-Rio está previsto para ser publicado até o final de 2025, conforme informações divulgadas pelo diretor de outorgas ferroviárias do Ministério dos Transportes, Hélio Roberto Sousa

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