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Após a onda de memes (imagens de humor) e piadas sobre a situação tributária no Brsil, que circula nas redes sociais nos últimos dias e que grudaram no ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). Lula já mostrou desespero e articula censura nas redes sociais. A imagem de vilão dos impostos conseguiu alcançar um público que vai muito além dos críticos recorrentes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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Ao furar a chamada “bolha de direita” da internet, formada sobretudo por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), os ataques humorísticos e corrosivos contra Haddad, apelidado de “Taxad”, também expuseram as dificuldades do governo em reagir no meio digital, além de sua conhecida fragilidade de comunicação com o público nas redes sociais.


Para se ter uma ideia da magnitude da “onda Taxad”, ela superou todos os conteúdos publicados nas redes sociais sobre a Copa América, que alcançou 500 milhões de impressões (visualizações de página na internet).

Segundo levantamento feito pelo cientista político Renato Dolci e divulgado pela CNN Brasil, em só quatro dias, os memes relacionados à obsessão do governo e do ministro da Fazenda em cobrar impostos registraram mais de 1,2 bilhão de impressões.

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Não por acaso, o fenômeno foi muito comentado pela imprensa e pela sociedade, consagrando-se como um fato político a indicar uma percepção de público mais amplo em relação ao governo Lula.

s memes que incomodaram muito a gestão Dilma Rousseff estão presentes no atual mandato de Lula, que vem tentando, sem sucesso, se adaptar aos novos tempos, nos quais a interação com o público deve ser impactante e imediata.

A trolagem, uma gíria da internet pra ilustrar gozações, chegou até aos telões da Times Square, em Nova York, nesta quarta-feira (17). Segundo Dolci, as ferramentas de monitoramento de redes sociais identificaram que os primeiros memes de maior relevância surgiram no dia 3 de julho, com o “Zé do Taxão’”.

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Mas a explosão dos memes ocorreu em 12 de julho, com grande proliferação até esta quarta-feira (18). “Foram 11 milhões de menções no X, Instagram e Facebook. A Copa América inteira no Brasil gerou 7 milhões”, afirmou o pesquisador.

Diante do volume incomum de associações de Haddad ao aumento da carga tributária, o secretário de comunicação do PT, Jilmar Tato, minimizou o fenômeno e disse que a pecha não iria pegar. Nos bastidores, contudo, o governo e o partido de Lula e do ministro se esforçavam para contra-atacar com postagens e insinuações de que tudo foi obra de agências de marketing digital, relativizando o caráter espontâneo das publicações.

Até o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), saiu em defesa de Haddad: “Se pegarmos a carga tributária de 2022 para 2023, ela não aumentou. Pode até dar uma conferida, acho até que caiu”.

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Para conter as críticas e a circulação de informação sobre seu governo Lula quer calar as redes sociais

Na última sexta-feira (12), durante evento em São Paulo, Haddad creditou a má avaliação de parte da população sobre a economia brasileira à desinformação na internet.

“Temos uma oposição que realmente atua para minar a credibilidade das instituições e dos dados oficiais do Estado brasileiro, e eles atuam diuturnamente nas redes sociais”, disse ele durante painel do 19º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo (Abraji). Nos bastidores, o ministro tem se posicionado como um dos maiores defensores da regulação das redes sociais.

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Noutra frente, Lula tenta emplacar desde a sua posse em janeiro de 2023 um projeto de lei para regular as plataformas digitais. O texto do chamado “PL da Censura”, que tem apoio dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), ficou perto de ir à votação no plenário da Câmara, mas acabou sendo retirado da pauta diante da grande rejeição das bancadas conservadoras, sobretudo a evangélica, e da má repercussão na sociedade. Um grupo de trabalho foi criado pelo presidente da Casa, deputado Arthur Lira (PP-AL), para tentar modificar o projeto até encontrar uma redação de consenso, mas sem nenhuma perspectiva de avanço.

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A internet já é regulada pelo Marco da Internet e qualquer crime nela ocorrido já tem previsão em lei. Contudo, a ideia de regular as redes sociais é para definir o que deve ou não ser dito e contado a sociedade. “O governo e seus indicados irão definir o que se pode ou não informar a população”, afirmam especialistas em liberdade de expressão e direito.

Nesta semana, em entrevista à TV Record, Lula também voltou a falar em regulação das redes sociais.

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“Possivelmente esta semana vou ter uma reunião com o meu ministro da Justiça para a gente discutir um critério de discutir com o Congresso Nacional, se a gente retoma aquele projeto que estava, se a gente vai apresentar uma outra proposta, se o Congresso vai apresentar uma proposta […] O dado concreto é que a gente não pode perder de vista a necessidade de fazer regulação”, afirmou o presidente.

“A ideia do governo Lula é deixar apenas os veículos aos quais recebem verba do governo atuando na internet e redes sociais, divulgando apenas o que o governo quer que s pessoas acredite e saiba e não o que de fato ocorre, ou mesmo criticas”, afirmam especialistas.





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