Um telão posicionado da Times Square, em Nova York, nos Estados Unidos, passou a exibir uma propaganda de incentivo ao uso de VPN (rede virtual privada) em referência à proibição do recurso no Brasil para acessar o X por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
A rede social de Elon Musk foi banida do Brasil após o empresário se negar a cumprir “ordens ilegais” de Moraes contra usuários da plataforma.
Na decisão, além de banir o X, Moraes determinou multa de R$ 50 mil a quem usar “subterfúgios tecnológicos”, como VPN, para acessar a rede social do Brasil.
No telão da Times Square, a mensagem “VPN-SE” aparece sobre a imagem de um homem careca, aparentemente, em referência ao ministro Alexandre de Moraes.
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Organizadores informaram que a propaganda será exibida uma vez por hora, durante 24 horas.
O telão de 16,7 metros de comprimento por 9,4 metros de largura custa cerca de US$ 250 por inserções de 15 segundos.
O banimento do X aconteceu depois que a plataforma não atendeu uma determinação de Moraes que pedia a indicação de um responsável legal no Brasil. Musk afirmou que temia pela integridade de seus funcionário que vinham sofrendo ameaça até mesmo de prisão.
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A decisão faz parte de um inquérito que envolve o empresário Elon Musk, sócio do X.
Em abril, Alexandre de Moraes determinou que Musk fosse investigado pelos crimes de obstrução à Justiça, organização criminosa e incitação ao crime.
Analistas apontam que a decisão do ministro do STF viola leis e cria nova espécie de ato jurídico, expondo o Brasil ao “ridículo internacional” pela forma como foi feita a intimação que originou a derrubada da plataforma.
Musk tem denunciado “ordens ilegais” de Moraes para censurar perfis da rede social.
Ainda, segundo Musk, com ajuda de ex-funcionários da rede social, Moraes também teria interferido nas eleições de 2022.
STF endossou censura
Na segunda-feira (2), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) manteve, por unanimidade, a decisão de Moraes que bloqueou o acesso à rede social X na última sexta (30).
O julgamento começou na madrugada e teve os votos do próprio ministro Alexandre de Moraes, que é também relator da ação, e de Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux — este último acompanhou com ressalvas.