Patrocinado

Os governos do Uruguai e do Chile criticaram nesta quinta-feira (22) uma decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela que confirmou a “vitória” do ditador Nicolás Maduro na eleição presidencial de 28 de julho.

MAIS: “Moraes está produzindo nulidades em inquéritos”, afirma Ciro Gomes sobre denuncias da Folha

Em entrevista à Agência EFE, o ministro das Relações Exteriores do Uruguai, Omar Paganini, disse que “mais uma vez o regime [de Maduro] se dedica a ignorar todos os apelos da comunidade internacional para verificar os dados das atas para que seja demonstrado com informação detalhada o que é proclamado”.

LEIA: Lula diz que os ricos são o problema do Brasil. Dá a entender que trabalha para manter um país de pobres

Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo pelo telegram Clique aqui. Se preferir siga-nos no Google News: Clique aqui. Acompanhe-nos pelo Canal do Whastapp. Clique aqui.

AINDA: Projeção de taxa de juros próxima a 12% no fim do segundo ano de Lula 3 já é realidade

“Todos sabemos que na Venezuela estes organismos [Judiciário] não são independentes do Poder Executivo, portanto, é um organismo que depende de Maduro, que está avalizando que o próprio Maduro seja reeleito. Claramente, não se trata de forma alguma um pronunciamento credível”, afirmou Paganini.

LEIA: Dinheiro da Argentina desaparece de conta no Banco Nacional da Venezuela

O bloco de oposição Plataforma Unitária Democrática (PUD) sustenta que seu candidato, Edmundo González, venceu a eleição, e disponibilizou num site cópias das atas de votação que comprovam isso.

A presidente da corte e da Sala Eleitoral do tribunal, Caryslia Beatriz Rodríguez, que já foi vereadora e prefeita de Caracas pelo Partido Socialista Unido da Venezuela (Psuv), legenda de Maduro, alegou que a perícia atendeu “aos mais elevados padrões técnicos e legais” e que foi constatado que as atas de escrutínio emitidas pelas máquinas de votação apresentaram “plena coincidência” com os registros do banco de dados da totalização de votos.

SAIBA: “O Brasil de Lula pretende repetir as eleições na Venezuela até que Maduro vença”, afirma imprensa internacional e Estadão

No X, o presidente do Chile, Gabriel Boric, disse que seu país “não reconhece este falso triunfo autoproclamado de Maduro e companhia”.

“Não há dúvida de que estamos perante uma ditadura que falsifica eleições, reprime aqueles que pensam diferente e é indiferente ao maior êxodo do mundo, só comparável ao da Síria como resultado de uma guerra”, acrescentou o presidente esquerdista.

Nas últimas semanas, o TSJ vinha fazendo uma perícia nas atas de votação entregues pelo também chavista Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que havia apontado vitória de Maduro no pleito. Entretanto, segundo relatos, o TSJ não vinha permitindo que fiscais e especialistas dos partidos da oposição acompanhassem essa análise.

MAIS: PGR e STF tornaram réu empresário por atos do 08 de janeiro mesmo com PF afirmando não haver crime


Receba conteúdo exclusivo sobre os temas de seu interesse! Confirme em sua caixa de e-mail sua inscrição para não perder nada