O governo Trump anunciou recentemente a remoção de tarifas sobre produtos como café, banana e cacau importados da Argentina, Equador, Guatemala e El Salvador, como parte de novos acordos comerciais bilaterais.
O que foi anunciado
Em 13 de novembro de 2025, a Casa Branca revelou acordos-quadro com Argentina, Equador, Guatemala e El Salvador que preveem a eliminação ou redução de tarifas sobre alimentos e produtos agrícolas, como café, bananas e cacau. Esses acordos visam:
- Reduzir o custo de vida nos EUA, especialmente em alimentos tropicais
- Ampliar o acesso de empresas americanas a mercados latino-americanos
- Estimular a cooperação comercial e investimentos bilaterais
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Segundo o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, os acordos devem gerar impacto direto nos preços ao consumidor americano, com expectativa de que varejistas repassem os descontos.
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Foco na Argentina
O acordo com a Argentina é parte de uma estratégia mais ampla de aproximação entre Washington e Buenos Aires, especialmente sob o governo de Javier Milei. Além da redução tarifária, os dois países firmaram compromissos sobre:
- Abertura de mercados e investimentos
- Proteção à propriedade intelectual
- Combate à pirataria
- Não taxação de serviços digitais de big techs
No mês anterior, Trump já havia anunciado um pacote de financiamento de US$ 20 bilhões à Argentina, reforçando a parceria estratégica.
Impactos esperados
Para os EUA:
- Redução nos preços de alimentos tropicais
- Fortalecimento da presença comercial no Hemisfério Ocidental
- Estímulo à segurança econômica e integração regional
Para os países latino-americanos:
- Acesso facilitado ao mercado americano
- Incentivo à produção agrícola voltada à exportação
- Potencial aumento de investimentos estrangeiros
E o Brasil?
O Brasil não foi incluído nos acordos anunciados. Isso pode representar uma perda de competitividade para produtos brasileiros como café e banana, que agora enfrentam concorrência com tarifas reduzidas de países vizinhos. O anúncio sobre as tarifas acontece no mesmo momento em que Marco Rúbio, braço direito de Trump se reúne com o representante de Lula para tratar do assunto novamente, sem conseguir nem mesmo uma suspensão da tarifa.





















