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As ações da Nvidia (NVDA) despencaram 9,5% na terça-feira (3), resultando no maior declínio em um único dia no valor de mercado de uma empresa dos Estados Unidos. Ao todo, a gigante de tecnologia ficou US$ 279 bilhões (R$ 1,5 trilhão) “mais barata”. Ao mesmo tempo, a fortuna do CEO da Nvidia, Jensen Huang, encolheu US$ 94,6 bilhões (ou R$ 530 bilhões) no mesmo dia.

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Ao final de julho, o valor de mercado da Nvidia era quase três vezes maior em relação ao do fim de 2023. As perdas recentes no valor da ação reduziram a valorização acumulada neste ano para 118%.

O mais recente nervosismo em relação à IA ocorre depois que a Nvidia apresentou, na semana passada, uma previsão trimestral que não atendeu às elevadas expectativas dos investidores. Foi a primeira vez que o balanço financeiro e as projeções de resultados da companhia não impressionaram Wall Street.

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Porém, o aumento na estimativa somado às perdas nas ações da Nvidia faz com que a fabricante de chips seja negociada agora a 34 vezes o lucro esperado. A medida está abaixo do múltiplo de mais de 40 em junho e em linha com a média dos últimos dois anos

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“Uma quantidade tão grande de dinheiro foi destinada à tecnologia e aos semicondutores nos últimos 12 meses deixando a sensação de que os negócios estão completamente distorcidos”, disse Todd Sohn, estrategista de ETF da Strategas Securities.
De um modo geral, as preocupações com a lentidão dos retornos dos altos investimentos em IA têm atormentado as empresas mais valiosas de Wall Street nas últimas semanas. As ações da Microsoft e da Alphabet, dona do Google, também vêm sendo negociadas em baixa após a publicação de resultados trimestrais.

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“Algumas pesquisas recentes questionaram se as receitas provenientes da IA, por si só, acabarão justificando essa onda de investimentos. Ao avaliar o investimento de IA por empresas individuais, os investidores devem considerar se elas estão fazendo o melhor uso de seus recursos”, escreveram estrategistas da BlackRock.

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No entanto, a queda diária recorde da Nvidia na véspera superou a desvalorização de US$ 232 bilhões sofrida pela Meta, em 3 de fevereiro de 2022. Na ocasião a empresa de Mark Zuckenberg emitiu uma previsão de desempenho desanimadora.

As ações da empresa vêm sendo pressionadas por um realização de lucros, em meio ao menor otimismo dos investidores com a corrida pela inteligência artificial. Com isso, o índice de ações relacionadas a chips PHLX, em Nova York, despencou 7,75%, na maior queda diária desde 2020.

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