A Usiminas USIM5; USIM3) teve um prejuízo bilionário no 3º trimestre de 2025, atribuído em parte à concorrência desleal de importações chinesas — o que reacende o debate sobre políticas comerciais do governo brasileiro.
Resultados financeiros da Usiminas no 3º trimestre de 2025
- Prejuízo líquido: R$ 3,5 bilhões, revertendo lucro de R$ 185 milhões no mesmo período de 2024.
- Receita líquida: R$ 6,6 bilhões, uma leve queda em relação aos R$ 6,82 bilhões de 2024, mas acima da expectativa de R$ 6,46 bilhões.
- Ebitda ajustado: R$ 434 milhões, crescimento de 2% ano a ano, mas abaixo da estimativa de R$ 458,7 milhões.
- Principais causas do prejuízo: Baixa contábil (“impairment”) de ativos no valor de R$ 2,2 bilhões e avaliação de recuperabilidade de impostos diferidos de R$ 1,4 bilhão.
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Pressão das importações chinesas
A Usiminas destacou que enfrenta concorrência desleal de produtos importados, especialmente do aço chinês. A empresa afirma que essas importações chegam ao Brasil com preços abaixo do mercado, dificultando a competitividade da indústria nacional.
Política comercial e impacto da abertura econômica
Esse cenário levanta um contraponto político: enquanto o governo atual tem adotado medidas de abertura comercial apenas beneficiando a China e redução de barreiras tarifárias, empresas como a Usiminas alegam que isso favorece países como a China, que subsidiam suas indústrias e exportam com preços artificialmente baixos, sem gerar emprego e renda no Brasil.
Alguns analistas e representantes do setor industrial argumentam que:
- A abertura comercial sem salvaguardas pode prejudicar a indústria nacional.
- A falta de medidas antidumping eficazes expõe o Brasil à concorrência desleal.
- A política atual pode estar desbalanceando o mercado, favorecendo importações em detrimento da produção local.
Perspectivas para o próximo trimestre
A Usiminas prevê:
- Queda nos volumes de vendas de aço, devido à sazonalidade.
- Estabilidade nos preços, sem grandes variações esperadas.


















