Visita de Lula à China “não deixará saudades”, péssimo para a diplomacia brasileira além de alinhamento com ditadura, afirma Folha

A visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China em 2025 foi alvo de críticas contundentes por parte da Folha de S.Paulo, que publicou editorial neste domingo 18, afirmando que a passagem de Lula por Pequim “não deixará saudades”. O jornal questionou tanto o conteúdo quanto a condução da agenda presidencial, destacando aspectos considerados problemáticos do ponto de vista diplomático e político.

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Principais pontos das críticas da Folha:

• Temas sensíveis tratados de forma imprópria: O editorial da Folha classificou como inadequada a abordagem de temas delicados durante a visita, sugerindo que o governo brasileiro não teria adotado a postura diplomática mais adequada em relação a assuntos de relevância internacional.
• Relação com regime chinês: A Folha enfatizou o caráter autoritário do governo chinês, referindo-se à China como uma “ditadura repressiva” e manifestando preocupação com possíveis aproximações brasileiras em temas de regulação de redes sociais e liberdade de expressão. O jornal afirmou que Lula poderia estar interessado em “importar censura” ao buscar cooperação com o regime chinês para regulamentar o ambiente digital.

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• Eficácia dos acordos: O jornal também questionou a efetividade dos acordos assinados durante a viagem, sugerindo que muitos deles são protocolares e podem não se concretizar em investimentos ou benefícios reais para o Brasil a curto prazo.
• Cobertura do episódio Janja: Outro ponto destacado foi o episódio envolvendo a primeira-dama Janja, que teria feito comentários sobre o algoritmo do TikTok favorecer a extrema direita no Brasil durante um evento oficial, além de pedir que a China ajude o Brasil a censurar as redes. A Folha deu destaque ao constrangimento diplomático causado.

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Contexto das críticas e repercussão

O jornal, argumenta que a política externa brasileira não deve se alinhar a regimes autoritários nem comprometer princípios democráticos em nome de interesses comerciais.

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Em síntese, a Folha de S.Paulo avaliou a visita de Lula à China de forma negativa, destacando preocupações com a condução diplomática, a aproximação com um regime considerado repressivo e a falta de garantias sobre a efetividade dos acordos firmados. O jornal também criticou episódios paralelos que prejudicaram a imagem do Brasil no cenário internacional.