Segundo publicação no veículo de imprensa na última quarta-feira 15, o líder esquerdista Luiz Inácio Lula da Silva está caminhando para uma briga diplomática com o presidente eleito Donald Trump sobre a recusa do país em dar permissão a seu antecessor de direita, Jair Bolsonaro, para comparecer à posse de Trump.
O jornal afirma que Bolsonaro é um dos aliados mais próximos de Trump na América Latina, e foi proibido de deixar o Brasil depois que a polícia apreendeu seu passaporte no ano passado como parte de uma investigação sobre alegações de que ele planejou um golpe em 2022 que incluía planos para assassinar Lula da Silva.
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A postura do governo brasileiro em negar a devolução do passaporte do ex-presidente, Jair Bolsonaro (PL), que autorizasse a ida dele à posse de Donaldo Trump (Republicano) tem gerado repercussão na mídia internacional, jornal americano prevê “embate diplomático”.
O Wall Street Journal, um dos mais importantes e respeitados jornais do mundo, publicou nesta quanta-feira (15) a reportagem intitulada “Trump convidou Bolsonaro para sua posse; Brasil não o deixará ir”.
O jornal disse que a equipe de posse de Trump confirmou à reportagem o convite feito para Bolsonaro e que o presidente Lula (PT) pode enfrentar problemas de diplomacia com Trump ao negar a ida do ex-presidente.
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Em entrevista ao WSJ, Bolsonaro alegou sofrer perseguição. “Eles estão tentando me humilhar, me pintar como o pior criminoso do mundo. A perseguição é implacável”.
Pessoas próximas ao presidente americano destacaram que “Trump está disposto a usar tarifas comerciais para pressionar o Brasil e outros países que ele considera estarem praticando algum tipo de “lawfare” de esquerda”, espécie de guerra jurídica utilizando os tribunais para derrubar opositores.
A reportagem relembrou também os embates entre Elon Musk, dono do X, e Alexandre de Moraes, ministro do STF.
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“Musk, que Trump nomeou para sua próxima administração, comparou Moraes a um ditador, enquanto o Partido dos Trabalhadores de Lula acusou o bilionário de ameaçar a soberania do Brasil. Moraes também emitiu advertências este mês sobre o movimento da Meta para afrouxar restrições ao discurso de ódio, colocando o Brasil e Lula da Silva na vanguarda da oposição global aos planos”.
Bolsonaro havia solicitado permissão para viajar entre os dias 17 e 22 de janeiro, com a intenção de participar da cerimônia e de um baile inaugural. Em suas redes sociais, ele expressou sua felicidade com o convite, afirmando que pretendia representar “o povo brasileiro conservador e de direita” na cerimônia.
No entanto, o STF considerou que Bolsonaro ainda representa um risco de fuga, mesmo sem ter nenhuma condenação.