Zema lança Vale do Lítio na Nasdaq e leva investimento de R$ 750 milhões para Minas. A mineradora canadense Lithium Ionic assinou protocolo de intenções com o governo de Minas Gerais para explorar reservas de lítio localizadas no Vale do Jequitinhonha.
O acordo, que prevê investimentos de R$ 750 milhões, foi fechado no fim da semana passada. As reservas de lítio alvo da companhia estrangeira estão localizadas nas cidades de Araçuaí, Itinga e Salinas.
O lítio é tido como um metal importante para o processo de transição energética. O material extraído das jazidas é utilizado na fabricação de baterias de carros elétricos e de produtos eletrônicos.
Segundo Zema, o acordo com a Lithium Ionic é a confirmação de tratativas anteriores. “A empresa já investiu mais de R$ 100 milhões em prospecção em uma planta piloto, que está gerando mais de 80 empregos. Agora, está confirmado que encontraram uma quantidade de lítio que justifica a instalação de uma planta definitiva”, diz.
LEIA: Suprimento global de lítio pode não atender à demanda de veículos elétricos
Emissários da empresa canadense se reuniram com representantes do governo mineiro na semana passada. Eles foram recebidos na Cidade Administrativa, sede do poder Executivo estadual, em Belo Horizonte.
O acordo entre a Lithium Ionic e o governador Romeu Zema (Novo) foi fechado por meio da MG Lit, um dos braços da empresa canadense. Os termos do convênio preveem a geração de 1 mil empregos diretos.
A área que norteia o protocolo assinado entre o Palácio Tiradentes e os canadenses compõe o chamado “Vale do Lítio”. Em maio, o governo estadual lançou o “Vale do Lítio” na Nasdaq, a Bolsa de Valores dos Estados Unidos da América (EUA), e passou a captar potenciais investidores para a região.
Emissários da empresa canadense se reuniram com representantes do governo mineiro na semana passada. Eles foram recebidos na Cidade Administrativa, sede do poder Executivo estadual, em Belo Horizonte.
MAIS: Avião da FAB transporta ministros de Lula e esposas, além de membros do STF
A MG Lit deve começar a operar no Jequitinhonha em 2025. De acordo com o Palácio Tiradentes, quatro projetos do tipo já foram captados. Nos cálculos do poder público, a exploração de lítio pode gerar R$ 30 bilhões aos cofres do estado até 2030.
“O futuro é bem promissor. Acreditamos muito no potencial da região, que é enorme. Estamos bastante animados e queremos começar a trabalhar o mais rápido possível”, projeta Hélio Diniz, presidente da MG Lit.
Zema busca apoio de empresas para Minas
Embora não seja uma obrigação das empresas, o governo conversa com os investidores internacionais sobre a possibilidade de oferecer contrapartidas ao Vale do Lítio. A lista de demandas tem a revitalização do Aeroporto de Araçuaí e, também, a recuperação de pontes e rodovias.
“Algumas delas (as empresas) já têm apoiado mulheres empreendedoras. As empresas vão precisar, no futuro, comprar refeições e ter uma série de produtos como uniformes. Queremos que isso seja feito regionalmente”, afirma Zema.