O senador Randolfe Rodrigues (foto), líder do governo no Congresso Nacional, disse que vai se filiar ao partido do presidente Lula. Foi durante a solenidade de entrega de residências do programa Minha Casa, realizada no estado do Amapá.
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O senador, que rompeu com a Rede Sustentabilidade há sete meses e, desde então, está sem partido, justificou a decisão destacando a importância de estar ao lado de Lula, a quem considera a maior liderança política da história do país.
“Me perguntam, presidente, qual a minha escolha partidária. Eu lhe respondo em primeira mão para o senhor e para todos que estão ouvindo. O meu partido é o partido de Lula. Eu estarei no partido de Lula onde o partido de Lula estiver, porque estou ao lado da maior liderança política da história desse país”, disse o senador. O partido de Lula, para quem ainda tem dúvidas, é o PT.
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Essa não foi a primeira vez que Randolfe esteve envolvido em negociações para ingressar em outra legenda, como lembra O Globo. No início deste ano, Lula chegou a convidá-lo para retornar ao PT, porém as conversas não avançaram na época.
Em novembro, o senador estava próximo de ingressar no Movimento Democrático Brasileiro (MDB), mas essa opção perdeu força. Na ocasião, Randolfe também estava flertando com o Partido dos Trabalhadores e o Partido Socialista Brasileiro (PSB).
A trajetória política do senador teve início em 1998, quando foi eleito deputado estadual pelo Amapá, filiado ao PT. Em 2005, Randolfe se tornou membro do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), pelo qual foi eleito senador pela primeira vez em 2010. Sua filiação à Rede Sustentabilidade ocorreu em 2015.
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A ruptura com a Rede aconteceu em maio deste ano, marcando o desfecho de uma série de conflitos e desentendimentos entre Randolfe e outros integrantes do partido, incluindo a Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que é um dos principais nomes da sigla.
O desentendimento ocorreu em relação à exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas. Enquanto Marina Silva se posicionou contrária ao projeto, afirmando que o empreendimento é “altamente impactante”, o senador manifestou seu apoio ao mesmo.
Diante do impasse, Randolfe utilizou as redes sociais para criticar o parecer do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que se mostrou contrário às pesquisas na região litorânea do Amapá.
A declaração gerou cobranças por parte de seus apoiadores, devido à sua conhecida postura em defesa do meio ambiente. O parlamentar defendeu que “o povo amapaense quer ter o direito de ser escutado sobre a possível existência e eventual destino de nossas riquezas”.
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