Publicação Europeia aponta Nitazoxanida como potente para o tratamento do Coronavírus. Entretanto, o estudo clínico foi coordenado e financiado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) sobre o uso do medicamento nitazoxanida. O teste em pacientes com Covid-19 acaba de ser publicado pela revista científica, European Respiratory Journal. Desta forma, o estudo confirma que o antiviral nitazoxanida é capaz de reduzir a carga viral em pacientes com até 3 dias de confirmação da doença no organismo. Para isso, deve ser administrado na dosagem de 500 mg, de 8 em 8 horas, durante 5 dias.
Segundo a coordenadora do estudo, a professora Patrícia Rocco, titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a diminuição da carga viral representa uma menor possibilidade de contágio pelos pacientes tratados e evita o agravamento das condições de saúde.
Antiviral
Contudo, a definição pelo antiviral nitazoxanida ocorreu depois de testes com 2 mil fármacos, utilizando inteligência artificial, pelo Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), organização social vinculada ao MCTI. Os testes identificaram cinco remédios com potencial para combater a replicação do novo coronavírus. Um deles, o antiviral nitazoxanida, reduziu em 94% a carga viral em células infectadas in vitro.
Em seguida, com aprovação da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP), o ministério deu início ao protocolo de estudos clínicos com a nitaxozanida no tratamento de pacientes com sintomas iniciais de Covid-19, como febre, tosse e fadiga. Assim foi lançada a campanha #500VoluntáriosJá, que levou carretas para receber os participantes dos estudos nas cidades de Ceilândia (DF), Bauru, Sorocaba, Barueri, Guarulhos e São Caetano do Sul, em São Paulo, e Juiz de Fora (MG).
No entanto, o ministro do MCTI, Marcos Pontes, comentou sobre o assunto. “A publicação do estudo clínico é um presente de Natal da ciência brasileira para o mundo. É uma excelente notícia de fim de ano para começarmos 2021. Teremos ainda mais determinação para enfrentar esta pandemia. Utilizando a única arma possível de derrotá-la, a ciência. O Brasil possui excelentes cientistas e pesquisadores que produzem conhecimento científico de ponta. Esse estudo com a nitazoxanida mostra que podemos ajudar não só o país, mas também o planeta. Finalizamos o estudo e deixamos essa contribuição publicada para que novos protocolos de tratamento preventivo ou prescrição médica possam ser adotados”.