O Bradesco (BBDC4) reportou nesta quarta-feira lucro líquido recorrente de 2,88 bilhões de reais no quarto trimestre, alta de 80,4% em relação ao mesmo período de 2022, mas queda de 37,7% frente ao terceiro trimestre do ano passado e abaixo das previsões de analistas.
O resultado foi marcado por uma despesa com provisão para inadimplência de 10,52 bilhões de reais, menor do que um ano antes (14,881 bilhões), mas acima dos 9,19 bilhões do terceiro trimestre.
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O retorno anualizado sobre patrimônio líquido ficou em 6,9% no último trimestre do ano passado, de 11,3% nos três meses anteriores e 3,9% no quarto trimestre de 2022 – quando o banco fez uma provisão extra em razão do pedido de recuperação judicial da Americanas, anunciada no começo de 2023.
A margem financeira foi de 16,13 bilhões de reais, de 16,68 bilhões um ano antes, com a margem de clientes caindo 11,7%, a 15,43 bilhões de reais.
O lucro líquido contábil ficou em 1,7 bilhão de reais, pressionado por efeitos não recorrentes como provisão de 570 milhões de reais para reestruturação, principalmente na rede de agências e passivos contingentes de 547 milhões de reais.
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O novo presidente-executivo do Bradesco, Marcelo Noronha, afirmou que 2023 foi desafiador, mas apresentou pontos positivos, como a inadimplência, que começou a cair, e a carteira de crédito do varejo, que iniciou trajetória de alta no último trimestre. O banco avalia que essa tendência deve continuar em 2024, assim, o custo de crédito, que ainda foi elevado em 2023, já deve mostrar melhora gradual nesse ano e nos próximos trimestres.
“Agora, o Bradesco começa a executar um novo plano de iniciativas, que não tem paralelo na história do banco”, afirmou o executivo em comunicado à imprensa.
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No acumulado do ano passado, o Bradesco teve lucro líquido recorrente de 16,3 bilhões de reais, queda de 21,2% ante 2022.
A carteira de crédito expandida somou 877,285 bilhões de reais no final de 2023, de 877,5 bilhões em setembro e 891,93 bilhões em dezembro de 2022. O índice de inadimplência acima de 90 dias ficou em 5,1%, de 5,6% no terceiro trimestre e de 4,3% em dezembro de 2022.
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