Patrocinado

Os dados referentes à inflação oficial de maio, registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), aumentam as apostas de analistas do mercado financeiro de que o ciclo de cortes na Selic está próximo do fim. A alta do índice foi de 0,46% em maio, ante 0,38% em abril.

MAIS: Governo Lula atinge R$ 22 milhões de pessoas com corte de quase R$ 300 milhões da Farmácia Popular

“O IPCA veio acima da projeção esperada de 0,41%”, diz Volnei Eyng, CEO da Multiplike. “Esse número no teto da projeção vai deixar reflexo na reunião da semana que vem da Selic, tirando as esperanças de corte. Com certeza joga um balde de água fria na expectativa da redução da Selic de 10,5% para 10,25%.”

AINDA: Lula em reunião com reitores afirma que greve dos professores não o afeta. Sindicatos criticam serem deixados de fora

“Não é uma inflação fora de controle, mas é uma inflação que não vai chegar na meta”, reforça Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master. No ano, a alta acumulada da taxa é de 2,27%. A meta para 2024 é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 percentual para baixo ou para cima.

O economista e mestre em economia política André Perfeito destaca a alta da inflação em Porto Alegre, que foi de 0,95% no mês, influenciada pela batata inglesa, botijão de gás e gasolina.

SAIBA: Empresários e políticos determinados na derrubada da MP do “Fim do Mundo” de Lula

Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo pelo telegram Clique aqui. Se preferir siga-nos no Google News: Clique aqui. Acompanhe-nos pelo Canal do Whastapp. Clique aqui

LEIA: Navio da chinesa BYD chega ao Brasil com mais de 5 mil carros chineses para concorrer no mercado brasileiro

Para Perfeito, o último corte da taxa básica de juros no ano deve ocorrer na próxima reunião do Copom, agendada para os dias 18 e 19 de junho. “Os dados reforçam a perspectiva mais hawkish do Banco Central do Brasil e devem aumentar as apostas para apenas mais um corte da SELIC.”
Sócio da Equus Capital, Felipe Vasconcellos lembra que os dados ainda não pegaram todo o impacto da tragédia climática que atinge o Rio Grande do Sul. Nos próximos meses, o analista acredita que um aumento no preço dos combustíveis é provável. Assim, aposta que já na próxima reunião não deve haver cortes da Selic.

MAIS: Após taxar blusinhas e com professores em greve, governo Lula vai comprar tapetes para decorar o Alvorada por mais de R$ 70 mil

Analista de investimentos da Unicred, Carlos Magno concorda que a próxima reunião do Copom já deve manter a Selic em 10,5%. O especialista destaca que os dados de juros e inflação dos EUA terão influência decisiva no futuro da Selic este ano.

O Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 11, trazia a previsão da taxa básica de juros em 10,25% no final do ano, o que simboliza mais um corte de 0,25 ponto percentual ainda em 2024. Os dados são anteriores a divulgação da inflação.

Com informação IstoÉ

Receba conteúdo exclusivo sobre os temas de seu interesse! Confirme em sua caixa de e-mail sua inscrição para não perder nada