Patrocinado

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido da Venezuela, esquerda), sugeriu no sábado 11.jan.2025, usar “tropas brasileiras” para conquistar a “liberdade de Porto Rico”, ilha localizada no Caribe sob o controle dos Estados Unidos. “Assim como no norte eles têm uma agenda de colonização, temos uma agenda de libertação. A agenda foi escrita por Simón Bolívar.

Está pendente a liberdade de Porto Rico, e nós vamos conquistá-la, Breno. Com as tropas do Brasil. E Abreu de Lima na frente. Batalhão Abreu de Lima para libertar Porto Rico, o que acha?”, afirmou Maduro.

AINDA: Banco Nacional do Panamá protege a ata eleitoral das eleições de 2024 na Venezuela que dão vitória a Edmundo González

Durante sua fala, Maduro cita alguém chamado Breno. Em seguida, sugere o uso de “tropas do Brasil”. É possível interpretar que a menção aos brasileiros tenha sido motivada pela relação que o chavista tem com essa pessoa chamada Breno e que tudo não passou de uma piada. Já o Batalhão General Abreu e Lima faz parte da Polícia Militar de Pernambuco.

A atual governadora de Porto Rico, Jenniffer González-Colón, já se manifestou contra Maduro. Após as eleições no país, disse que “Edmundo González é o presidente eleito da Venezuela” e que apoia “María Corina e o corajoso povo venezuelano”.

MAIS: Brasil exporta 20 mil frascos de spray de pimenta para polícia..

Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo pelo telegram Clique aqui. Se preferir siga-nos no Google News: Clique

SAIBA: Governo Lula acaba com o abono salarial para quem ganha dois salários mínimos

A Venezuela vive sob uma autocracia chefiada por Nicolás Maduro, 62 anos. Não há liberdade de imprensa. Pessoas podem ser presas por “crimes políticos”. A OEA publicou nota em maio de 2021 a respeito da “nomeação ilegítima” do Conselho Nacional Eleitoral. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos relatou abusos em outubro de 2022, novembro de 2022 e março de 2023. Relatório da Human Rights Watch divulgado em 2023 afirma que 7,1 milhões de venezuelanos fugiram do país desde 2014.

Maduro nega que o país viva sob uma ditadura. Diz que há eleições regulares e que a oposição simplesmente não consegue vencer. As eleições presidenciais realizadas em 28 de julho de 2024 são contestadas por parte da comunidade internacional. A principal líder da oposição, María Corina, foi impedida em junho de 2023 de ocupar cargos públicos por 15 anos.

O Supremo venezuelano confirmou a decisão em janeiro de 2024. Alegou “irregularidades administrativas” que teriam sido cometidas quando era deputada, de 2011 a 2014, e por “trama de corrupção” por apoiar Juan Guaidó.

LEIA: Maior pedreira do Brasil agora é da China, e fundamental para…

Corina indicou a aliada Corina Yoris para concorrer. No entanto, Yoris não conseguiu formalizar a candidatura por causa de uma suposta falha no sistema eleitoral. O diplomata Edmundo González assumiu o papel de ser o principal candidato de oposição. O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, controlado pelo governo, anunciou em 28 de julho de 2024 a vitória de Maduro. O órgão confirmou o resultado em 2 de agosto de 2024, mas não divulgou os boletins de urnas. O Tribunal Supremo de Justiça venezuelano, controlado pelo atual regime, disse em 22 de agosto de 2024 que os boletins não serão divulgados.

MAIS: Estadão iguala Lula a Maduro e afirma que “o ditador seguiu

O Centro Carter, respeitada organização criada pelo ex-presidente dos EUA Jimmy Carter, considerou que as eleições na Venezuela “não foram democráticas”. Os resultados têm sido seguidamente contestados pela União Europeia e por vários países individualmente, como Estados Unidos, México, Argentina, Costa Rica, Chile, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Urugua, entre outros. O Brasil não reconheceu até agora a eleição de Maduro em 2024, mas tampouco faz cobranças mais duras como outros países que apontam fraude no processo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a dizer não ter visto nada de anormal no pleito do país. A Human Rights Watch criticou os presidentes Lula, Gustavo Petro (Colômbia) e Andrés Manuel López Obrador (México) em agosto de 2024. Afirmaram em carta enviada aos 3 ser necessário que reconsiderem suas posições sobre a Venezuela e criticaram as propostas dos líderes para resolver o impasse, como uma nova eleição e anistia geral.

Receba conteúdo exclusivo sobre os temas de seu interesse! Confirme em sua caixa de e-mail sua inscrição para não perder nada