As reféns Romi Gonen, Emily Damari e Doron Steinbrecher, sequestradas durante os ataques terroristas do Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023 -, e que estavam em cativeiro em Gaza antes de serem libertadas no domingo (19), após o acordo de cessar-fogo, revelaram à mídia israelense detalhes sobre suas condições de detenção no enclave palestino.
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Elas afirmaram que, enquanto estavam sob controle dos terroristas, foram mantidas em instalações administradas pela Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), originalmente destinadas à proteção de civis palestinos.
O relato das sobreviventes foi reforçado por um post do perfil do governo de Israel no X, que afirmou que a “ONU se recusa a condenar o Hamas por esconder reféns em espaços civis”.
“As ex-reféns Romi, Emily e Doron foram mantidas em abrigos das Nações Unidas em Gaza, que deveriam ser destinados a civis”, diz o post.
O primeiro relato foi divulgado pela emissora israelense Channel 13, que revelou que os terroristas utilizaram os abrigos da ONU para manter reféns, conscientes de que as Forças de Defesa de Israel (FDI) evitariam atacar essas instalações, o que acabou fornecendo proteção adicional aos sequestradores.
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O uso de instalações da ONU para atividades terroristas em Gaza não é novidade. Desde 2014, as forças israelenses denunciam a utilização de escolas e abrigos da UNRWA pelo Hamas. Após os ataques de 7 de outubro, o governo de Israel intensificou as acusações, inclusive divulgando relatórios sobre indivíduos da agência que colaboravam com o Hamas e até participaram dos ataques contra o território israelense.
Apesar dessas evidências, a ONU ainda não tomou medidas decisivas contra o grupo terrorista que atua em Gaza. Para Israel, a situação coloca em xeque a imparcialidade e a eficácia da UNRWA no enclave palestino.
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A UNRWA é responsável por gerenciar abrigos, escolas e assistência humanitária em Gaza. Ainda segundo Israel, instalações da agência têm sido usadas para armazenamento de armas e construção de túneis do Hamas.
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O Ministério da Saúde de Israel implementou protocolos abrangentes para atender às necessidades das reféns que foram recuperadas neste domingo. Além de exames médicos e psiquiátricos completos, elas passaram por avaliações específicas, como testes de gravidez, e foram acompanhadas por nutricionistas para recuperar o estado físico e nutricional comprometido durante os mais de 400 dias de cativeiro.