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A Frente Parlamentar do Agronegócio (FPA) divulgou uma nota criticando a atuação do governo federal após o Tesouro Nacional anunciar a suspensão das linhas de crédito rural do Plano Safra 2024/2025.

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Para o grupo parlamentar, a medida é resultado do aumento da taxa Selic, impulsionado pela “falta de responsabilidade fiscal do governo e pela desvalorização da moeda”, e pode gerar impactos no preço de itens da cesta básica.

O grupo refutou a justificativa apresentada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que atribuiu a suspensão das linhas de créditos à não aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025. A equipe econômica ressalta que o Congresso Nacional deveria ter analisado a peça orçamentária em dezembro.

A previsão, porém, é de que a aprovação fique apenas para março. “Culpar o Congresso Nacional pela própria incapacidade de gestão dos gastos públicos não resolverá o problema. A má gestão impacta no aumento dos juros e impede a implementação total dos recursos necessários”, diz a frente.

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De acordo com a FPA, o plano da próxima safra foi aprovado no Orçamento de 2023 e anunciado como “o maior Plano Safra da história”. Entretanto, “no momento em que os produtores ainda colhem a primeira safra e iniciam o plantio da próxima, os recursos já se esgotaram”. Os parlamentares reforçam ainda que a suspensão afeta diretamente itens da cesta básica, como proteínas e ovos, uma vez que as rações utilizadas para alimentar os animais são produzidas a partir de grãos – cultura que sofre com a falta de recursos.

“A FPA seguirá firme na cobrança por políticas públicas adequadas para o restabelecimento do crédito rural, no compromisso com os produtores rurais do Brasil e com a comida barata e acessível na mesa de todos os brasileiros”, afirma o grupo em outro trecho da nota. Nesta sexta-feira (21), Haddad disse que vai recorrer ao Tribunal de Contas da União (TCU) para liberar o crédito.

Segundo apurou a CNN, a ideia é que um pedido seja feito à Corte na próxima semana. Reação da oposição A suspensão das linhas de crédito também provocou reação da oposição na Câmara dos Deputados.

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O deputado federal Zucco (PL-RS), líder do grupo, disse que o corte de recursos “lança uma sombra de incerteza sobre um setor que é pilar da economia e da segurança alimentar do país” e que a falta de recursos pode gerar graves consequências para o agronegócio, como o aumento de cursos de produção, desaceleração em investimentos, riscos a segurança alimentar e impacto nas exportações. “O governo precisa encontrar urgentemente espaço no orçamento e retomar as operações de crédito. Não há prioridade maior nesse país do que comida na mesa dos brasileiros”, disse o deputado.

Lei Rouanet até o momento segue com orçamento liberado pelo governo Lula

Em 2025, o governo federal do Brasil destinou R$ 2 bilhões para a Lei Rouanet, que é um mecanismo de incentivo fiscal para o financiamento de projetos culturais. Esse valor representa uma continuidade do apoio à cultura, embora tenha gerado debates sobre sua eficácia e distribuição.

Os principais projetos culturais financiados pela Lei Rouanet em 2025 ainda não foram amplamente divulgados, mas algumas tendências e tipos de projetos podem ser destacados com base em informações anteriores e no funcionamento da lei.

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Tipos de Projetos Financiados:

  • Teatro e Artes Cênicas: Historicamente, este setor tem recebido uma parte significativa dos recursos da Lei Rouanet, com produções teatrais e festivais de artes cênicas sendo frequentemente apoiados.
  • Música: Projetos musicais, incluindo shows, gravações e festivais, continuam a ser uma prioridade. Artistas consagrados e novos talentos buscam financiamento para suas produções.
  • Cinema: A produção cinematográfica é um dos segmentos mais beneficiados, com muitos filmes brasileiros sendo realizados com o apoio da lei.
  • Artes Visuais: Exposições e projetos de arte contemporânea também são contemplados, promovendo a diversidade cultural.
  • Projetos de Preservação: Além das produções artísticas, há um foco crescente em projetos que visam a restauração e preservação do patrimônio culturalL.

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A distribuição dos recursos tende a ser concentrada nas regiões Sudeste do Brasil, onde estão localizadas muitas das grandes produções culturais. Isso levanta discussões sobre a democratização do acesso aos recursos da Lei Rouanet, uma vez que artistas e projetos de outras regiões podem enfrentar dificuldades para obter financiamento.

A Lei Rouanet continua sendo uma ferramenta controversa no Brasil, com defensores argumentando que ela é essencial para o fomento à cultura, enquanto críticos apontam que ela favorece desproporcionalmente artistas já estabelecidos em detrimento de novos talentos.

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