Um grupo de especialistas da ONU disse que o governo de Daniel Ortega e sua esposa Rosario Murillo desferiu um “golpe final” no Estado de direito na Nicarágua com uma reforma constitucional que lhes deu “controle absoluto” e “uma máquina de repressão”, segundo um relatório publicado na quarta-feira (26).
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“Eles deliberadamente transformaram o país em um Estado autoritário, onde não há instituições independentes, as vozes dissidentes são silenciadas e a população (…) enfrenta perseguição, exílio forçado e represálias econômicas”, disse o relatório anual do Grupo de Peritos em Direitos Humanos sobre a Nicarágua.
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A reforma “representou um golpe final ao Estado de direito” e “eliminou os poucos controles institucionais que restavam, criando um Poder Executivo com domínio absoluto”, destacaram os especialistas do grupo independente com mandato do Conselho de Direitos Humanos da ONU.
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Ortega, ex-guerrilheiro de 79 anos que governou a Nicarágua na década de 1980 após o triunfo da revolução sandinista, está no poder desde 2007 onde instauraurou o que chamam de uma “ditadura familiar”, junto com sua esposa, de 73 anos.
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A mudança quase total na Constituição, que entrou em vigor em 18 de fevereiro, elevou o posto da já poderosa esposa de Ortega de vice-presidente para “copresidente”, concedeu ao governo o controle de todos os poderes do Estado, aumentou o mandato de cinco para seis anos e criou um exército de dezenas de milhares de policiais “voluntários” encapuzados.