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Cuba permaneceu praticamente sem energia na manhã deste sábado, depois que a rede elétrica da ilha entrou em colapso na noite anterior, deixando 10 milhões de pessoas sem eletricidade e levantando novas questões sobre a viabilidade do antiquado sistema de geração.

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Recentemente o presidente dos EUA, Donald Trump, reforçou as sanções ao governo comunista da ilha, prometendo restaurar uma política “dura” na relação com o país.

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Ao nascer do sol, a operadora de rede da ilha, UNE, disse que estava gerando apenas um mínimo de eletricidade — cerca de 225 MW, ou menos de 10% da demanda total. A geração era suficiente para cobrir alguns serviços vitais, como hospitais, abastecimento de água e centros de produção de alimentos.

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Autoridades disseram que começaram o processo de ativação das usinas de geração de energia do país, que estão em atividade há décadas, mas não deram um cronograma para a restauração do serviço.

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A rede elétrica de Cuba falhou na sexta-feira à noite depois que um componente antigo de uma linha de transmissão em uma subestação em Havana entrou em curto, iniciando uma reação em cadeia que interrompeu completamente a geração de energia na ilha, disseram autoridades da UNE.

O colapso da rede elétrica ocorre após uma série de apagões em todo o país no final do ano passado, que deixaram o frágil sistema de geração de energia de Cuba em desordem quase total, afetado pela escassez de combustível, desastres naturais e crise econômica.

A maioria dos cubanos fora de Havana já convive há meses com apagões recorrentes, que atingiram o pico de 20 horas por dia nas últimas semanas.

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Havana ainda estava em grande parte sem eletricidade na manhã deste sábado. Veículos trafegavam por cruzamentos sem semáforos funcionando, e a internet celular era fraca ou inexistente em algumas áreas.
Abel Bonne conversou com amigos na avenida Malecon, em Havana, na manhã deste sábado, aproveitando a brisa fresca do mar após uma noite abafada sem energia elétrica.

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“Neste momento, ninguém sabe quando a energia vai voltar”, disse. “Esta é a primeira vez que isso acontece neste ano, mas no ano passado aconteceu três vezes.”

A grave escassez de alimentos, remédios e água tornou a vida cada vez mais difícil para muitos cubanos, e a fuga da ilha tem atingido números recordes nos últimos anos.

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Cuba atribui seus problemas econômicos ao embargo comercial dos EUA durante a Guerra Fria — uma rede de leis e regulamentações que complicam as transações financeiras e a aquisição de itens essenciais, como combustível e peças de reposição.

Um funcionário da rede elétrica disse na manhã deste sábado que Cuba não conseguiu atualizar componentes de transmissão e geração antiquados devido às restrições.

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