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A Apple (AAPL) começou a montar seu novo iPhone 16e no Brasil desde o primeiro dia de produção, marcando uma mudança significativa na estratégia de fabricação da empresa enquanto trabalha para reduzir a dependência da China em meio às contínuas tensões comerciais entre EUA e China e possíveis tarifas de até 245%.

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O iPhone 16e é fabricado no Brasil pela Foxconn Brasil Indústria e Comércio LTDA em sua unidade em Jundiaí, São Paulo. Essa parceria faz parte do relacionamento de longa data da Apple com a Foxconn, que monta iPhones no Brasil desde 2011, embora anteriormente focando principalmente em modelos de entrada para o mercado local.

Até o momento não existe informação de fabricação total do produto no Brasil, apenas montagem, isto também não implica em geração de emprego para o país visto que a fábrica irá seguir o funcionamento já existente.

A operação de montagem brasileira oferece à Apple vantagens estratégicas além de apenas evitar tarifas dos EUA.

Esse arranjo de fabricação ajuda a Apple tanto a diversificar sua cadeia de suprimentos quanto a melhorar sua posição competitiva no importante mercado brasileiro.

A produção da Apple na China se devia principalmente a mão de obra barata, a Foxconn da China esteve diversas vezes envolvida em denuncias de trabalho escravo.

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A mudança estratégica da Apple para a fabricação no Brasil representa uma resposta calculada às crescentes tensões comerciais entre os EUA e a China, especialmente após os EUA confirmarem tarifas de até 245% sobre certas importações chinesas. Essa estrutura tarifária dramática — composta por múltiplas camadas, incluindo tarifas recíprocas, taxas relacionadas ao fentanil e as já existentes tarifas da Seção 301 — forçou a Apple a acelerar a diversificação de sua cadeia de suprimentos para fora da China.

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O Brasil oferece à Apple vantagens tarifárias significativas nesse novo cenário comercial, com importações brasileiras enfrentando apenas uma tarifa de 10% nos EUA, em comparação com 34% para a China e 26% para a Índia. Essa mudança na fabricação permite que a Apple:

Exporte iPhones montados no Brasil para o mercado dos EUA com impacto tarifário mínimo;

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Evite as altas tarifas de importação do próprio Brasil (de até 100%) sobre eletrônicos ao fabricar localmente.

Crie uma cadeia de suprimentos mais resiliente após as interrupções relacionadas à pandemia em fábricas chinesas

Potencialmente expanda a produção para incluir modelos de ponta como o iPhone 16 Pro

O momento dessa mudança na fabricação é particularmente estratégico, pois foi iniciada antes da última rodada de tarifas entrar em vigor, demonstrando a visão da Apple ao navegar pelo ambiente comercial global cada vez mais complexo.

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Designação do Número do Modelo BR/A

O sufixo “BR/A” nos números de modelo da Apple identifica especificamente iPhones montados no Brasil, servindo como parte do sistema abrangente de identificação de produtos da Apple. Essa designação aparece no final do número completo do modelo (como em “XXXXXBR/A“) e é visível tanto nas URLs dos produtos na loja online brasileira da Apple quanto na embalagem física dos dispositivos montados localmente. Em contraste, iPhones importados para o Brasil de outros países carregam a designação “BE/A” ou “BZ/A”, sendo que “BZ/A” indica especificamente dispositivos montados na China para o mercado brasileiro.

O sistema de numeração de modelos da Apple segue um padrão consistente em toda a sua linha de produtos, com o código de dois dígitos do país antes da barra indicando o mercado pretendido ou o local de montagem. Para iPhones montados no Brasil, esse sistema ajuda a:

  • Identificar dispositivos elegíveis para serviço de garantia local
  • Rastrear a conformidade com as regulamentações brasileiras de fabricação
  • Distinguir entre estoque importado e produzido localmente
  • Apoiar as estratégias regionais de preços e impostos da Apple.

A Foxconn fabrica no Brasil os modelos básicos das famílias recentes de iPhone, especificamente os iPhones 14, 15 e 16, na fábrica localizada em Jundiaí, São Paulo. A montagem nacional inclui:

  • iPhone 14 (modelo básico)
  • iPhone 15 (modelo básico)
  • iPhone 16e (modelo básico)

Os modelos Pro e Pro Max dessas gerações (iPhone 14 Pro, 15 Pro, 15 Pro Max, 16 Pro, 16 Pro Max) continuam sendo importados, não sendo fabricados no Brasil.

Além disso, a Foxconn já produziu no Brasil modelos anteriores como o iPhone 11, iPhone XR e o iPhone SE 2020, também na fábrica de Jundiaí.

A produção local é voltada para o mercado brasileiro, visando reduzir os impactos das altas tarifas de importação do Brasil, mas não ajuda muito. A Apple ainda não confirma planos de exportar iPhones fabricados no Brasil para outros mercados, embora esteja avaliando ampliar a produção local para driblar tarifas internacionais, especialmente as impostas pelos EUA.

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Resumo da fabricação pela Foxconn no Brasil

Modelo de iPhoneProduzido no Brasil?Observações
iPhone 11SimInclui iPhone XR e SE 2020
iPhone 14 (básico)SimModelos Pro importados
iPhone 15 (básico)SimModelos Plus, Pro e Pro Max importados
iPhone 16e (básico)SimModelos Pro e Pro Max importados

A fábrica da Foxconn em Jundiaí é a principal unidade de montagem da Apple no Brasil, responsável pela montagem final dos iPhones mencionados

A produção de iPhones no Brasil tem impacto limitado e indireto sobre o preço final dos dispositivos no mercado brasileiro. Embora a Foxconn, em Jundiaí (SP), fabrique modelos básicos do iPhone (como iPhone 13, 14, 15 e 16e), essa produção nacional ainda não resultou em uma redução significativa nos preços para os consumidores brasileiros.

Por que a produção local do iphone não reduz o preço?

  • Tributação e impostos locais: Mesmo com a montagem no Brasil, o iPhone continua sujeito a altos impostos e taxas locais, que elevam o preço final do aparelho no país.
  • Custo dos componentes importados: A maior parte dos componentes ainda é importada da China e de outros países, e o custo desses insumos é afetado pelo dólar e tarifas internacionais, além do Real desvalorizado.
  • Regime especial da Foxconn: A fábrica opera sob um regime especial que permite abatimento de impostos locais, mas isso não tem sido suficiente para baratear o produto ao consumidor final.

Impacto das tarifas internacionais e estratégia da Apple

  • A Apple estuda ampliar a produção no Brasil para driblar as tarifas elevadas impostas pelos EUA sobre produtos chineses (que podem encarecer o iPhone em até 40% no mercado americano). A ideia é usar o Brasil como ponto de montagem para exportar ao mercado dos EUA, onde as tarifas são menores do que as aplicadas à China e Índia.
  • No Brasil, as tarifas e o dólar alto continuam pressionando os preços, podendo elevar o custo dos iPhones entre 10% e 20% nos próximos meses, segundo analistas.
  • A Apple enfrenta o dilema de absorver custos e reduzir margens ou repassar aumentos aos consumidores, o que pode afetar a demanda12.

Outros fatores que influenciam o preço dos iPhones no Brasil

  • Dólar alto: A desvalorização do real frente ao dólar encarece a importação de componentes e produtos, impactando diretamente o preço final dos smartphones, especialmente os modelos premium como o iPhone.
  • Impostos locais e logística: Além do câmbio, a carga tributária brasileira e os custos logísticos aumentam o preço dos aparelhos.

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