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Mauro Cunha deverá ser eleito conselheiro de administração da metalúrgica Tupy (TUPY3) na assembleia de acionistas que acontece nesta quarta-feira (30), às 15h.

A companhia divulgou o resultado dos boletins de voto a distância (BVD), representando 13,2% das ações, e Cunha já recebeu votos em quantidade suficiente para garantir uma cadeira no colegiado.

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O conselheiro, indicado pelas gestoras Charles River e Organon, foi, de longe, o mais votado, com 18,124 milhões de votos, ou 95,23% do total de votos emitidos por BVD. Ou seja, juntos, os outros nove candidatos receberam 5% dos votos. Nenhum deles chegou a 1% do total.

As gestoras estão descontentes com o que avaliam ser um aumento um aumento da interferência política no negócio da Tupy.

Na assembleia, esses percentuais vão mudar, pois vão aparecer os votos dos principais acionistas: BNDESpar (28%), Previ (25%) e Trígono (10%).

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“Pelas minhas contas, o candidato Mauro Cunha já tem uma quantidade de votos que lhe assegura com muita folga uma vaga no conselho”, disse Camilo Marcantonio, sócio da Charles River.

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“Isso mostra claramente que os minoritários não se sentem representados pelo Conselho indicado pelos controladores e viram nele uma forma de serem representados lá”, disse.

As gestoras pediram a adoção do processo de voto múltiplo para a eleição do conselho da Tupy. Elas fizeram a indicação de Cunha por estarem insatisfeitas com a decisão do colegiado atual de trocar o CEO da companhia.

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Quem é Mauro Cunha
Com mais de 30 anos de experiência no mercado de capitais, como gestor e conselheiro independente, Cunha foi presidente da Associação dos Investidores no Mercado de Capitais (Amec) entre 2012 e 2019.

Em 2013, tornou-se o primeiro membro independente efetivamente eleito por acionistas minoritários na Petrobras. Entre 2019 e 2020 atuou como Presidente do Conselho de Administração da Caixa Econômica Federal. Atualmente, está nos conselhos de Embraer, Hypera Pharma e Klabin.

Fernando Rizzo dará lugar a Rafael Lucchesi, que é presidente do conselho de administração do BNDES, diretor na Confederação Nacional da Indústria (CNI) e diretor-superintendente do Sesi, e não tem experiência como CEO.

A gestora Trígono, que tem entre seus sócios o Banco do Brasil, indicou três conselheiros, numa chapa de nove composta junto com BNDES e Previ, fundo de pensão dos funcionários do BB.

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Mas, com a adoção do voto múltiplo, em vez de votar numa chapa, os acionistas poderão concentrar seus votos em um só candidato ou distribuí-los entre vários.

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Os demais candidatos indicados são:

Vinicius Marques de Carvalho, Marcio Bernardo Spata e Sergio Foldes Guimarães, pelo BNDES (governo Lula;
Paula Goto, Márcio Antonio Chiumento e Wagner de Souza Nascimento, pela Previ (governo Lula);
José Rubens de La Rosa, que foi contra a troca do CEO, Jaime Luiz Kalsing e Carolina Lacerda, pela Trígono.

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