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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumentou nesta quarta-feira (7) a taxa básica de juros da economia em 0,5 ponto percentual, de 14,25% para 14,75% ao ano, maior patamar em 19 anos. A decisão foi por unanimidade e marca a sexta alta consecutiva da Selic.

O comitê sinalizou que irá avaliar o cenário para definir se haverá um novo aperto na próxima reunião devido ao “cenário de elevada incerteza, aliado ao estágio avançado do ciclo de ajuste e seus impactos acumulados ainda por serem observados”.

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Segundo o BC, a conjuntura “demanda cautela adicional na atuação da política monetária e flexibilidade para incorporar os dados que impactem a dinâmica de inflação”. A última vez em que a Selic atingiu esse nível foi em julho de 2006, ainda no primeiro mandato do presidente Lula (PT), quando Henrique Meirelles chefiava o BC.

Em nota, o Copom apontou que a incerteza da política econômica adotada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impacta a política comercial global. “O ambiente externo mostra-se adverso e particularmente incerto em função da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos, principalmente acerca de sua política comercial e de seus efeitos”, diz o comunicado.

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“A política comercial alimenta incertezas sobre a economia global, notadamente acerca da m​agnitude da desaceleração econômica e sobre o efeito heterogêneo no cenário inflacionário entre os países, com repercussões relevantes sobre a condução da política monetária”, acrescentou o comitê.

No cenário doméstico, o Copom considera que o “conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho ainda tem apresentado dinamismo, mas observa-se uma incipiente moderação no crescimento”, apontando que os dados mais recentes mostram a inflação cheia e as medidas subjacentes acima da meta.

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“O cenário segue sendo marcado por expectativas desancoradas, projeções de inflação elevadas, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho. Tal cenário prescreve uma política monetária em patamar significativamente contracionista por período prolongado para assegurar a convergência da inflação à meta”, disse o colegiado.

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Em março, o comitê fez o último aumento dentro do comunicado anterior ainda no Campos Neto, de 1 ponto percentual, e a Selic foi definida em 14,25% ao ano, no maior patamar desde 2016. Após a reunião, o Copom sinalizou que uma nova alta “de menor magnitude” deveria ocorrer na decisão de maio. A reunião desta quarta (7) foi a terceira sob o comando de Gabriel Galípolo.

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Fed também definiu taxa de juros dos EUA
O Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, também definiu a taxa de juros do país nesta quarta-feira (7). O Fed manteve a faixa de 4,25% a 4,50% em meio à incerteza sobre a política econômica e a pressão do presidente americano, Donald Trump, pela redução dos juros.

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Esta é a terceira vez consecutiva que o comitê de política monetária (Fomc, na sigla em inglês) opta por manter o patamar dos juros. No Brasil, o Copom apontou que “os desenvolvimentos da política comercial norte-americana, e a conjuntura doméstica, em particular a política fiscal, têm impactado os preços de ativos e as expectativas dos agentes”.

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