Os preços do petróleo registraram forte valorização nesta sexta-feira, após uma ofensiva militar israelense contra alvos estratégicos no Irã, agravando as preocupações com uma possível escalada no Oriente Médio e potenciais transtornos na oferta global da commodity.
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Às 7h20 de de Brasília, os contratos futuros do Brent, referência internacional e para a Petrobras (BVMF:PETR4), avançavam 8,94%, negociados a US$ 75,54 por barril, enquanto o West Texas Intermediate (WTI), referência nos EUA, operava com ganho de 9,23%, a US$ 74,32 o barril.
Ambos os benchmarks haviam registrado anteriormente os maiores movimentos intradiários desde 2022, ano da invasão russa à Ucrânia, alcançando os níveis mais elevados desde o fim de janeiro.
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Conflito entre Israel e Irã reacende temor de choque de oferta
Israel realizou um ataque aéreo em larga escala contra o Irã nas primeiras horas da sexta-feira, atingindo instalações nucleares, centros de produção de mísseis balísticos e figuras-chave do alto escalão militar. A ação marca o início de uma operação que, segundo Tel Aviv, será contínua, com o objetivo de impedir o desenvolvimento de armas nucleares por parte do regime iraniano.
O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, e o Exército anunciaram na manhã desta sexta-feira (13) – horário local – um estado de emergência nacional após realizarem um ataque preventivo contra o Irã.
Segundo o governo israelense, o país espera uma possível resposta iraniana com mísseis e drones. O ataque marca uma escalada nas tensões entre os dois países.
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Em resposta, Teerã prometeu uma retaliação “severa” contra Israel e os Estados Unidos. O secretário de Estado americano, Marco Rubio, afirmou que a ação foi conduzida unilateralmente por Israel, com base no princípio da autodefesa.
O embaixador dos Estados Unidos em Israel, Mike Huckabee, também comentou a situação e disse que está na embaixada em Jerusalém enquanto aguarda os desdobramentos da situação. E afirmou:
– Oremos pela paz de Jerusalém.
O governo norte-americano já havia sinalizado que consideraria medidas militares diante do fracasso das negociações nucleares, cujo prazo final se esgotou na quinta-feira.
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Analistas do ING destacaram que o fator distintivo deste episódio em relação a confrontos anteriores entre Israel e Irã é o ataque direto a instalações nucleares. Embora a produção de petróleo iraniano permaneça operacional até o momento, os mercados passaram a incorporar um prêmio de risco mais elevado, dada a importância do país na matriz global de fornecimento.
Segundo o ING, o risco mais iminente seria um eventual impacto sobre o Estreito de Hormuz, ponto nevrálgico do escoamento de petróleo da região do Golfo Pérsico, área que concentra a maior parte da capacidade ociosa da Opep.
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Para analistas, prêmio de risco do petróleo aumentou
Analistas da Texas Capital Securities afirmaram que o prêmio de risco geopolítico associado ao petróleo subiu, após os bombardeios realizados por Israel contra alvos iranianos na madrugada desta sexta-feira.
Em nota enviada a clientes, a equipe liderada por Derrick Whitfield destacou que a possibilidade de interrupções nos fluxos da commodity eleva a expectativa de preços no curto prazo, dada a crescente tensão em torno das principais rotas de exportação da região.
Os estrategistas ponderaram, contudo, que esse prêmio adicional, que representa a compensação extra exigida por investidores em momentos de instabilidade política, tende a se dissipar caso não se confirmem impactos duradouros na oferta global ou na logística do setor.