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Enrique de Abreu Lewandowski, filho do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, é advogado da Terra Nova Trading, empresa investigada por ligação a um esquema bilionário associado ao Primeiro Comando da Capital (PCC).

A apuração conduzida pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), Polícia Federal (PF) e Receita Federal revelou conexões entre a facção criminosa, o setor de combustíveis e instituições financeiras. O caso foi exposto na Operação Carbono Oculto.

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Enrique Lewandowski aparece em processos na Justiça como representante da Terra Nova Trading, segundo o Metrópoles. Segundo a PF, a empresa foi usada para gerar créditos tributários falsos, inflar preços em transações internas e lavar dinheiro para o crime organizado.

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As investigações apontam que a Terra Nova era controlada por Mohamad Hussein Mourad, classificado pelo MPSP como “epicentro das operações”. Por meio da companhia, Mourad importava nafta com imposto reduzido (1% contra 25% em São Paulo), barateando ilegalmente a produção de combustíveis.

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Enrique Lewandowski figura como advogado da Terra Nova em ação tributária no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), com último andamento em 2019. Também aparece em processo no Tribunal de Justiça de São Paulo, de 2021

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Até a última atualização, nem Enrique, nem o ministro Ricardo Lewandowski, tampouco a Terra Nova Trading haviam se manifestado.

Operação Carbono Oculto: entenda o esquema bilionário do PCC no setor de combustíveis

A Operação Carbono Oculto, deflagrada em agosto de 2025 pelo Ministério Público de São Paulo e Receita Federal, é uma das maiores ofensivas já realizadas para desarticular a infiltração do Primeiro Comando da Capital (PCC) em setores econômicos formais, especialmente o mercado de combustíveis. A operação mobilizou cerca de 1.400 agentes para cumprir mandados em oito estados, atingindo 350 alvos entre pessoas físicas e jurídicas.

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Segundo as investigações, o PCC criou uma extensa rede empresarial e financeira paralela para lavar dinheiro e fraudar o sistema tributário. Entre as práticas criminosas identificadas estão:

  • Adulteração de combustíveis, uso ilegal de metanol, nafta e diesel para reduzir custos e fraudar impostos, causando prejuízos estimados em R$ 7,6 bilhões aos cofres públicos.
  • Controle de mais de 40 fundos de investimento com patrimônio estimado em R$ 30 bilhões, usados para ocultar patrimônio do grupo.
  • Aquisição de ativos diversos, incluindo usinas de álcool, terminal portuário, 1.600 caminhões para transporte de combustíveis, dezenas de imóveis em São Paulo e Bahia.
  • Uso de fintechs e maquininhas para movimentações financeiras ilegais, dificultando rastreamento

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Os principais líderes do esquema são Mohamad Hussein Mourad, apontado como “epicentro das operações”, e Roberto Augusto Leme da Silva, conhecido como “Beto Louco”. A empresa Terra Nova Trading, associada a Enrique Lewandowski, filho do ministro Ricardo Lewandowski, está entre as investigadas por integrar esse esquema de fraudes e lavagem.

A operação busca desmantelar estruturas que misturam ilegalidade e aparente legalidade para promover atividades criminosas bilionárias. Foram realizadas prisões preventivas, bloqueios de bens e aprofundamento do controle sobre instituições financeiras e empresas suspeitas.

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