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Oito suspeitos foram presos pela Polícia Federal na madrugada da última sexta-feira (12) por integrarem a organização criminosa responsável por ataques hackers contra o sistema financeiro nacional, que já somam R$ 1,2 bilhão.

O grupo apontado como responsável foi flagrado em São Paulo durante uma tentativa de invadir o sistema da Caixa Econômica Federal para desviar valores via Pix.

Os suspeitos utilizavam uma estação de trabalho da Caixa que havia sido subtraída e permitia acesso a senhas e ao sistema do Pix.

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O grupo é investigado por acessar ilegalmente as contas de liquidação interbancária, utilizadas por bancos em operações junto ao Banco Central, com o objetivo de desviar recursos do PIX. Os suspeitos poderão responder por crimes de organização criminosa e tentativa de furto qualificado por meio eletrônico.

Segundo apurou o Estadão, a ação desta sexta-feira impediu uma ação que visava a Caixa Econômica Federal e poderia atingir recursos de programas do governo federal.

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O plano teria sido frustrado após um gerente da própria Caixa avisar a PF sobre a movimentação suspeita em uma agência no Brás, região central de São Paulo. Segundo a investigação, os suspeitos tentaram obter credenciais para acesso ao sistema do banco. Na mesma operação, a PF apreendeu celulares e computadores.

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Os ataques hackers contra o sistema financeiro brasileiro vêm se tornando cada vez mais sofisticados e bilionários. Entre junho e julho de 2025, um ataque contra a C&M Software, vinculada ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), resultou em desvios que podem chegar a R$ 1 bilhão, sendo que o Banco BMP sofreu prejuízos de R$ 479 milhões. Em agosto, outro ataque atingiu a empresa Sinqia, que conecta várias instituições bancárias ao PIX, com desvios estimados em R$ 710 milhões, dos quais R$ 400 milhões teriam saído do HSBC para contas de “laranjas”.

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No início de setembro, uma nova tentativa de ataque hacker foi identificada pela PF, desta vez contra a fintech Monetarie, especializada na securitização de créditos, com desvios estimados em R$ 5 milhões. A operação desta sexta-feira impediu um ataque direcionado à Caixa Econômica Federal, que poderia ter comprometido recursos de programas sociais do governo federal. A ação foi descoberta após um gerente da Caixa alertar a Polícia Federal sobre movimentações suspeitas em uma agência no Brás, centro de São Paulo.

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Durante a operação, foram apreendidos celulares e computadores que servirão para aprofundar as investigações. O Banco Central anunciou medidas de reforço na segurança das transações do sistema financeiro nacional para evitar futuros ataques.

As investigações prosseguem para identificar outros envolvidos.

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Casos de ataques hackers ao sistema financeiro nacional
Voltando alguns passos, o primeiro caso de ataque hacker aconteceu com a C&M Software, em 2 de julho deste ano.

Um operador de TI foi preso e confessou facilitar o acesso dos criminosos, que teriam desviado pelo menos R$ 542 milhões da instituição BMP — valor que a polícia chamou de o maior já roubado no país — e uma conta com R$ 270 milhões foi bloqueada.

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Na sequência, em 30 de agosto, um novo ataque envolvendo a Sinqia atingiu sistemas usados por clientes como o HSBC, e reportagens da época indicaram desvios da ordem de R$ 400 milhões.

A Sinqia confirmou o incidente, disse que afeta apenas o ambiente Pix e que já investiga o caso com peritos forenses, enquanto o HSBC afirmou que contas de clientes não foram impactadas e que medidas foram tomadas para bloquear transações no provedor. A Sinqia também informou que está reconstruindo os sistemas afetados em um novo ambiente com controles mais rígidos.

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