Um relatório publicado pelo Google nesta semana revelou que hackers ligados ao regime da Coreia do Norte estão utilizando ferramentas de inteligência artificial (IA) para desenvolver malwares sofisticados com foco no roubo de criptomoedas.
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A denúncia acende um alerta global sobre o uso indevido de tecnologias emergentes por grupos cibercriminosos.
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IA just-in-time: nova geração de malwares
Segundo o documento, os hackers norte-coreanos estão explorando uma técnica chamada “IA just-in-time”, na qual o código malicioso não é pré-carregado, mas sim gerado sob demanda por meio de uma IA. Isso dificulta a detecção por antivírus e sistemas de segurança tradicionais, tornando os ataques mais furtivos e eficazes.
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O relatório destaca que essa abordagem representa uma evolução significativa.
Disfarces e manipulação de sistemas de IA
Para burlar os protocolos de segurança das plataformas de IA, os hackers têm se passado por estudantes ou pesquisadores de cibersegurança. Essa engenharia social permite que eles acessem ferramentas de geração de código, mesmo com restrições contra usos indevido.
O relatório cita o grupo UNC1069, que utilizou o Gemini para estudar estruturas de carteiras digitais e desenvolver scripts voltados à extração de dados sensíveis.
Criptomoedas como alvo principal
O foco dos ataques está no roubo de criptoativos como Bitcoin e Ethereum. Os malwares criados com IA são capazes de:
- Capturar chaves privadas de carteiras digitais
- Redirecionar transações para endereços controlados por hackers
- Infectar sistemas de exchanges e plataformas DeFi
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A escolha das criptomoedas se deve à alta liquidez, dificuldade de rastreamento e possibilidade de conversão rápida em ativos físicos ou moedas fiduciárias.
Implicações geopolíticas e segurança global
Especialistas alertam que os recursos obtidos com esses ataques podem estar sendo usados para financiar programas militares e nucleares da Coreia do Norte, driblando sanções internacionais. O uso de IA por grupos estatais representa uma nova fronteira no cibercrime, exigindo cooperação internacional e atualização constante das ferramentas de defesa digital.
O relatório do Google reforça que a inteligência artificial, além de impulsionar inovação, também está sendo usada como arma por agentes maliciosos. Para usuários e empresas que operam com criptomoedas, o alerta é claro: reforçar protocolos de segurança, monitorar atividades suspeitas e investir em defesa cibernética nunca foi tão urgente.






















