CDBs prefixados pagam valor superior a 12% ao ano. A alta da taxa básica de juros para o patamar de dois dígitos se refletiu em retornos mais atrativos para alguns investimentos de renda fixa privada, mas nem todos. Entre os Certificados de Depósito Bancário (CDBs), o impacto foi maior nos papéis com vencimentos curtos, de até dois anos, e aconteceu tanto nos prefixados quanto nos atrelados à inflação. Nesses casos, a remuneração aumentou.
Em contrapartida, os CDBs com prazos de três a cinco anos viram um movimento reverso no mesmo período: o recuo das rentabilidades brutas oferecidas.
Entretanto, os dados foram apresentados em uma pesquisa realizada pela Quantum Finance, empresa de soluções para o mercado financeiro.
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Desta forma, a pesquisa mostrou que a taxa média oferecida por CDBs prefixados com vencimento em 12 meses – que foi de 12,16% ao ano ao longo de janeiro – subiu para 12,70% ao ano na primeira semana de fevereiro, após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de elevar a taxa básica de juros para 10,75% ao ano na semana passada.
E assim, os melhores retornos oferecidos por CDBs prefixados na primeira semana de fevereiro eram de 12,80% ao ano para vencimentos em 12 meses. E de 12,60% ao ano para prazos de 36 meses em diante. No primeiro caso, o emissor era o Banco ABC Brasil. No segundo, a instituição emissora era o Sinosserra Financeira.
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No entanto, para os papéis atrelados à inflação, as maiores remunerações eram entregues por CDBs do Banco BTG Pactual com prazo de um ano, que ofereciam 6,97% ao ano, além de títulos do mesmo banco que pagavam uma taxa de 6,23% para vencimentos em dois anos.
Contudo, a explicação para esse fenômeno em que títulos de dívida bancária de prazos mais curtos oferecem retornos mais elevados do que papéis de vencimento mais alongado está ligada a questões de oferta e demanda, além dos riscos fiscais embutidos em títulos de prazo maior. Em um ano eleitoral o risco é considerado maior.